Segurança digital se consolida como diferencial competitivo
Mesmo com o avanço dos crimes virtuais no Brasil, a confiança do consumidor nas compras online está em alta.
De acordo com novo estudo da Branddi, 84% dos entrevistados afirmam se sentir confiantes ao comprar pela internet.
Essa sensação de segurança ganhou força mesmo após um crescimento de 45% nos crimes digitais em 2024, segundo dados da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP).
Nos últimos seis meses, a confiança dos brasileiros nas compras online aumentou 62%.
O cenário indica uma evolução na consciência digital do consumidor, aliada ao avanço das tecnologias de proteção.
Segundo o CEO da Branddi, Diego Daminelli, “a presença de anúncios fraudulentos não afeta apenas o consumidor, mas compromete diretamente os resultados das marcas”.
Golpes se sofisticam usando a identidade visual de marcas
Um dos principais riscos mapeados no estudo envolve o uso indevido de marcas em anúncios falsos.
Golpistas criam propagandas com logotipos, cores e linguagem visual idênticos aos das marcas oficiais e redirecionam consumidores a sites fraudulentos.
Esses golpes são difíceis de identificar e causam prejuízos tanto para consumidores quanto para as empresas envolvidas.
Casos de promoções falsas envolvendo marcas como Magalu em redes sociais, com preços muito abaixo do mercado, são exemplos recentes do impacto desse tipo de fraude.
Ainda assim, os anúncios continuam sendo uma via eficaz de relacionamento.
De acordo com a pesquisa, 71% dos entrevistados já realizaram compras após verem propagandas online.
Desse total, 50% afirmam que compram algumas vezes, e 21% com frequência.
Verificação e reputação definem a decisão de compra
Antes de concluir a compra, os consumidores adotam estratégias para garantir segurança.
As principais ações são:
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verificação do site oficial (80%)
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checagem de avaliações de outros clientes (69%)
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pesquisa sobre a reputação da marca (65%)
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busca por selos de segurança no site (52%)
Além da segurança técnica, outros fatores influenciam na decisão:
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preço ou promoção (65%)
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confiança na marca (58%)
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reputação do site ou loja (56%)
Para Daminelli, essas etapas são reflexo de um consumidor mais atento.
“Em um momento em que os golpes digitais são constantes, oferecer opções que ajudem na segurança do cliente é um diferencial”, explica.
Combate a fraudes se torna prioridade estratégica
A expectativa do público é clara: 88% dos entrevistados afirmam que o investimento das empresas em ações contra golpes digitais é um fator que influencia positivamente na compra.
Outros 11% consideram as medidas importantes, desde que haja transparência sobre elas.
Para 57% dos respondentes, as próprias marcas devem monitorar e remover golpes com mais agilidade.
Outros 40% acreditam que plataformas de anúncios e redes sociais também devem assumir maior responsabilidade nesse processo.
Daminelli reforça: “Segurança virou sinônimo de confiança — e confiança, hoje, é um dos principais ativos de uma marca no ambiente online. Isso vai além do lucro. É demonstração de cuidado com os clientes, que são a essência dos negócios.”
Ações contra golpes fortalecem reputação e vendas
Marcas que atuam ativamente para monitorar fraudes digitais e remover conteúdos maliciosos se destacam.
Além de proteger o consumidor, essas ações preservam o valor da marca e evitam perdas financeiras.
Daminelli resume: “Investir em tecnologia de proteção e monitoramento de fraudes não é apenas uma questão técnica, mas uma escolha estratégica. Quando o consumidor percebe que a marca está cuidando da sua segurança, ele retribui com confiança e fidelidade.”
Metodologia
Público: 500 brasileiros de todos os estados, homens e mulheres a partir de 18 anos, de todas as classes sociais
Data de coleta: 16 de abril de 2025
Plataforma: coleta realizada por meio de ferramenta de pesquisa online