
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) criticou declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas quais ele classificou as ações de Israel na Faixa de Gaza como “genocídio” e acusou o governo israelense de matar deliberadamente mulheres e crianças sob o pretexto de combater o Hamas.
Nos últimos anos, Lula tem se destacado como uma das mais importantes vozes contra o massacre de Israel. Durante sua visita à Rússia em maio, chegou a afirmar que a ONU perdeu a sua força, mostrando-se incapaz de “manter paz” e prevenir o “genocídio” perpetrado pelas forças israelenses.
Em nota, a Conib afirmou que Lula “deturpa a realidade para atacar e vilipendiar o Estado judeu” e que suas falas promovem o antissemitismo entre seus apoiadores, caracterizando-as como irresponsáveis e destrutivas.
O presidente Lula mais uma vez se dedica a deturpar a realidade para atacar e vilificar o Estado judeu, vítima de um terrível e desumano ataque genocida do Hamas em 7 de outubro de 2023. pic.twitter.com/2j69tBxR1D
— CONIB (@coniboficial) June 1, 2025
A Conib também argumentou que Israel não pratica genocídio em Gaza e que o país está se defendendo de uma organização terrorista que se esconde atrás de civis palestinos. A entidade expressou preocupação de que as declarações do presidente possam criar problemas para a comunidade judaica no Brasil.
Em resposta, a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) defendeu Lula, alegando que suas declarações foram distorcidas e que ele não mencionou o judaísmo ou os judeus. A Fepal afirmou que as críticas ao governo de Israel não devem ser confundidas com antissemitismo e que as acusações da Conib buscam silenciar denúncias de violações de direitos humanos contra os palestinos.