Desde 2016, a expansão da rede ao campo foi mais acelerada que nas cidades, onde a cobertura já era alta. Em todo o país, a média é de 92,5%. Dados são de pesquisa do IBGE

• Em 2023, havia 72,5 milhões de domicílios com Internet (92,5%), aumento de 1,0 p.p, ante 2022. Nas áreas urbanas, o percentual passou de 93,5% para 94,1% e nas áreas rurais, de 78,1% para 81,0%.
• O crescimento tem sido mais acelerado nas áreas rurais, reduzindo a diferença em relação à área urbana: em 2016, a diferença foi superior a 40 p.p. (35,0% versus 76,6%) e caiu para 13,1 p.p. em 2023.
• De 2022 a 2023, o percentual dos domicílios com Internet que usavam banda larga móvel voltou a subir, indo de 81,2% para 83,3%, mas continuou inferior à banda larga fixa, que variou de 86,4% para 86,9%.
• Proporção de domicílios com recepção de sinal analógico ou digital de televisão aberta por meio de antena convencional caiu de 91,6% em 2022 para 88,0% em 2023, uma queda de meio milhão de domicílios.
• A proporção de domicílios sem sinal de TV aberta ou fechada subiu de 3,9% em 2022 para 5,2% em 2023.
• Em 42,1% dos domicílios, havia serviço pago de streaming de vídeo. Entre os domicílios com serviço de streaming, 6,1% não possuíam acesso a televisão aberta ou a serviço de TV por assinatura, percentual esse de 4,7% em 2022.
• Houve declínio no percentual de domicílios com microcomputador: de 40,2%, em 2022, para 39,0%, em 2023. Em 2016, esse percentual foi de 45,9%.
• A proporção de domicílios onde o serviço de rede móvel celular funciona para Internet ou telefonia foi de 91,9% em 2023, apresentando, pela primeira vez, uma pequena variação negativa de 0,1 p.p em relação ao ano anterior.
• Essa proporção foi de 95,3%, em área urbana e 67,4%, em área rural, com redução de 2,0 p.p. em área rural e aumento de 0,1p.p. em área urbana.

A Internet era utilizada em 92,5% dos domicílios (72,5 milhões) do país em 2023, com alta de 1,0 p.p. frente a 2022. O crescimento dessa proporção vem desacelerando, na medida em que se aproxima da universalização. Nas áreas urbanas, o percentual passou de 93,5% para 94,1% e nas áreas rurais, de 78,1% para 81,0%. A expansão tem sido mais rápida nas áreas rurais, com redução da diferença em relação às áreas urbanas, saindo de 40 p.p. de diferença em 2016 para 13,1 p.p. em 2023.

Os dados são do Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da PNAD Contínua, divulgado hoje, 16, pelo IBGE. Leia também a notícia sobre a utilização de internet pelas pessoas de 10 anos ou mais.

Até 2019, ambos os tipos de conexão por banda larga (fixa e móvel) mostraram gradual sentido de crescimento nos domicílios, ao passo que, em 2021, a banda larga móvel se reduziu, voltando a subir em 2022 e 2023. A banda larga fixa continuou aumentando de 2016 a 2023, chegando a uma taxa de adoção superior à da banda larga móvel a partir de 2021.

Nos domicílios do país em que havia utilização da Internet, o percentual dos que usavam banda larga móvel passou de 81,2% para 83,3% entre 2022 e 2023. Ao passo que o percentual dos domicílios que utilizavam a banda larga fixa aumentou de 86,4% para 86,9% nesse mesmo período.

O menor percentual de domicílios com banda larga móvel estava no Nordeste (68,2%), enquanto as demais Regiões apresentaram taxas superiores a 80%, sendo na Região Sudeste ainda maior que 90%.

5,9 milhões de domicílios do país não tinham Internet

Em 2023, 5,9 milhões de domicílios do país não utilizavam a Internet. Os três principais motivos foram: nenhum morador sabia usar a Internet (33,2%), serviço de acesso à Internet caro (30,0%) e falta de necessidade em acessar a Internet (23,4%).

Outros motivos apontados foram: serviço de acesso à Internet não estava disponível (4,7%), equipamento para acessar a Internet era caro (3,7%), falta de tempo (1,4%), preocupação com segurança (0,6%).

Dispositivos inteligentes são utilizados em 16,0% dos domicílios

Em 2023, entre os 72,5 milhões de domicílios com Internet, 16,0% (ou 11,6 milhões) tinham algum tipo de dispositivo inteligente que poderia ser acessado pela Internet – câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado, geladeiras etc. -, um aumento de 1,7 milhão de domicílios (ou 1,7 p.p) em comparação a 2022.

Cai proporção de domicílios com TV aberta

Em 2023, dos 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes do país, havia televisão em 73,9 milhões, 94,3% do total de domicílios, proporção que ficou em 95,1% na área urbana e 88,5% na rural. As Regiões Sudeste e Sul apresentaram as maiores proporções de domicílios com televisão (96,5% e 96,0%, respectivamente), a Região Norte, a menor (88,8%).

Foram estimados 65,0 milhões de domicílios com recepção de sinal analógico ou digital de televisão aberta por meio de antena convencional, o equivalente a 88,0% dos domicílios com televisão do país. O dado representa uma queda de meio milhão de domicílios com recepção em relação a 2022, que teve 65,5 milhões de domicílios e 91,6%, respectivamente.

Na área urbana (88,9%), o percentual foi maior do que na área rural (80,9%). A Região Sudeste apresentou o maior percentual, com 88,9% dos domicílios, e a Região Centro-Oeste registrou o menor percentual, 86,8%.

“Apesar da redução na recepção do sinal de TV aberta, não percebemos um aumento no uso dos serviços complementares ou concorrentes, como streaming e TV por assinatura, cujas taxas também se reduziram”, destaca Leonardo Quesada, analista da pesquisa.

Parabólicas

No Brasil, havia um número maior de domicílios com recepção de sinal por parabólica grande (9,1 milhões) em comparação aos que possuíam mini parabólica com sinal aberto (7,5 milhões), o que representava 12,3% e 10,2% dos domicílios com televisão, respectivamente. Mas a diferença entre os dois tipos de antena caiu de 5,5 milhões em 2022 para e 1,6 milhão em 2023.

Aproximadamente 772 mil domicílios (911 mil em 2022), ou 1,0% dos domicílios com televisão, possuíam acesso a sinal de televisão somente por meio de parabólica grande.

“Esse é o grupo de interesse que precisa migrar a estrutura de recepção de TV para a mini parabólica, uma vez que o seu acesso ao sinal de TV aberta ficará comprometido pelo desligamento da transmissão por meio de antenas parabólicas grandes. Apesar da queda de 139 mil domicílios ou 15,3%, a maior parte veio dos domicílios urbanos, (117 mil ou 20,9%) em comparação aos domicílios rurais (22 mil ou 6,3%), segmento que mais depende de parabólica grande. E vale lembrar que a troca é custosa, sendo gratuita apenas para os integrantes do Cadastro Único”, explica Quesada.

Uso de TV por assinatura diminui

Em 2023, 18,6 milhões ou 25,2% dos domicílios com televisão no país tinham acesso a serviço de televisão por assinatura, proporção que foi de 26,2% em área urbana e de 17,4% em área rural. Entre 2022 e 2023, o percentual de domicílios com televisão por assinatura apresentou redução de 2,5 p.p. no Brasil, bem como queda de 2,6 p.p. nas áreas urbanas e de 2,4 p.p. nas rurais. “Desde 2016, os percentuais dos domicílios rurais foram crescentes, atingindo o maior patamar em 2022 (19,8%), mas em 2023 apresentou a primeira queda para 17,4%”, ressalta o analista da pesquisa.

3,8 milhões de domicílios não têm TV alguma

A pesquisa também mostra o número de domicílios com televisão que não tinham recepção de sinal analógico ou digital de TV aberta, recepção de sinal por antena parabólica grande ou mini-parabólica com sinal aberto e nem acesso a serviço de TV por assinatura passou de 2,7 milhões (3,9%) de domicílios em 2022 para 3,8 milhões em 2023 (5,2%).

Maioria que tem streaming tem também TV aberta ou paga

Entre os domicílios com televisão, 31,1 milhões possuíam acesso a serviço pago de streaming de vídeo, número semelhante a 2022. Entretanto, m termos percentuais, houve queda de 43,4% para 42,1%.

Dentre os domicílios que tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo, 93,9% também possuíam acesso a canais de televisão: 89,7% por meio de sinal de televisão aberta e 39,5% por meio de serviço de TV por assinatura. Somente 6,1% dos que tinham acesso a streaming pago de vídeo não possuíam acesso a televisão aberta ou a serviço de TV por assinatura, percentual esse de 4,7% em 2022.

Cai a proporção de domicílios com microcomputador e tablet

De 2022 a 2023, a proporção de domicílios com microcomputador recuou de 40,2% para 39,0%. Em 2016, esse percentual era de 45,9%. A proporção de domicílios com tablet, voltou a recuar, de 10,7% para 10,4%. Desde 2021, esse indicador apresentou percentuais próximos, com pequenas variações para cima e para baixo, podendo indicar alguma estabilidade no patamar de 10%. Em área urbana, esse indic

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Última Atualização: 17/08/2024