
A quantidade de condenações de policiais militares por crimes sexuais aumentou em São Paulo nos últimos anos. Entre 2020 e dezembro de 2024, os casos passaram de três para 19, com processos envolvendo acusações como assédio sexual, ato obsceno e estupro. Em algumas ações, mais de um PM foi responsabilizado. Com informações do Metrópoles.
Entre os casos recentes, o cabo Antônio Rodrigo de Menezes foi condenado por importunação sexual contra uma auxiliar de limpeza em um batalhão na zona norte de São Paulo. Segundo a vítima, o policial tentou tocá-la sem consentimento e insistiu mesmo após ser repreendido. “Deixa eu colocar a mão, só para eu sentir”, teria dito o PM, conforme relato apresentado ao Tribunal de Justiça Militar (TJM). Ele recebeu uma pena de dois anos e meio em regime aberto.
Outro caso envolve o sargento Agemiro José de Sá, condenado por assediar uma colega dentro do 37º Batalhão. A denúncia revelou que ele tentou se aproveitar de sua posição hierárquica para pressionar a vítima. “Não esqueça que você é um mero soldado”, teria afirmado o sargento ao ser confrontado.
Dois ex-PMs foram condenados pelo estupro de uma cozinheira em Praia Grande, litoral paulista. Danilo de Freitas Silva recebeu pena de 16 anos, enquanto Anderson da Silva Conceição foi sentenciado a sete anos. Ambos chegaram a continuar na corporação antes de serem expulsos, mesmo após laudos periciais confirmarem a presença de sêmen em suas fardas e nas roupas da vítima. Apesar das provas, os policiais ficaram presos por apenas seis meses antes de serem soltos.
Na Grande São Paulo, um caso semelhante ocorreu durante o carnaval de 2025. Uma jovem de 20 anos acusa dois PMs de abuso sexual após aceitarem levá-la para casa.
O soldado Leo Felipe Aquino da Silva e o cabo James Santana Gomes estão presos preventivamente desde 3 de março e negam as acusações. “Ambos irão dar as versões do caso no decorrer do processo”, afirmou a defesa dos policiais em nota.

Atualmente, o Presídio Militar Romão Gomes abriga 202 policiais militares detidos, dos quais 133 cumprem pena por crimes comuns e 69 por crimes militares. Entre eles, há três mulheres, mas a corporação não esclareceu sob quais acusações elas estão presas.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line