Teve início nesta quarta-feira (7), em Roma, às 16h30 pelo horário local (11h30 no horário de Brasília), o Conclave que elegerá o novo papa da Igreja Católica. A cerimônia, realizada na Capela Sistina, marca um momento histórico para o Vaticano, com atenção mundial voltada à sucessão do Papa Francisco, falecido em 21 de abril, aos 87 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.

Capela Sistina reúne o colégio mais diverso já registrado

Ao todo, 133 cardeais com direito a voto, incluindo sete brasileiros, representam 71 países no processo, o que já torna esta edição marcante. Mas um dado inédito reforça a diversidade do momento: 15 países estão sendo representados pela primeira vez por cardeais nativos no Conclave.

Essa pluralidade nunca antes vista reflete uma Igreja mais conectada com sua base global, especialmente em regiões onde o catolicismo cresce, como a África, Ásia e América Latina.

Missa solene marcou início dos trabalhos

Os eventos do Conclave começaram ainda na madrugada, às 5h (horário de Brasília), com a missa Pro Eligendo Pontifice, celebrada na Basílica de São Pedro. A liturgia solene é dedicada à eleição do novo pontífice “que a Igreja e a humanidade precisam”.

Juramentos, sigilo e início da votação

Após a entrada dos cardeais na Capela Sistina e o fechamento simbólico das portas, o processo segue uma série de rituais rigorosos. Primeiro, ocorre um discurso introdutório, seguido pelos juramentos individuais e coletivos que reforçam o compromisso com o sigilo e a seriedade do processo.

Com os juramentos feitos, tem início a votação. Cada sessão pode levar de 1h a 1h30. Ao final de cada rodada, todos observam com expectativa a chaminé da Capela Sistina: fumaça preta significa que não houve consenso; fumaça branca, o anúncio de que um novo papa foi eleito.

Quanto tempo pode durar o Conclave?

Historicamente, os conclaves têm sido resolvidos de forma relativamente rápida. A eleição do Papa Francisco, em 2013, durou apenas dois dias – o mesmo tempo necessário para a escolha de Bento XVI, em 2005. Nas últimas décadas, a média tem sido de dois a três dias de votações.

No entanto, a história da Igreja Católica registra episódios significativamente mais longos. O mais extremo ocorreu no século 13, quando um Conclave durou mais de dois anos até resultar na eleição de Gregório X.

Apesar das incertezas, cardeais ouvidos pela imprensa internacional indicaram que o Conclave deste ano também deve ser breve, com estimativa de duração máxima de três dias.

Caso não haja uma votação decisiva até o final da sexta-feira (9), o sábado será reservado à oração e contemplação, sem sessões deliberativas. O processo será retomado no domingo, com até quatro votações diárias.

Se, ainda assim, não houver definição, os cardeais poderão optar por limitar a disputa apenas aos dois nomes mais votados até aquele momento. Mesmo nesse cenário, será necessário alcançar uma maioria de dois terços dos votos para que um novo papa seja eleito.

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Last Update: 07/05/2025