Edegar Pretto, presidente da Conab: instituto está desenvolvendo um programa para identificar regiões onde os alimentos são mais caros para a população de baixa renda – Foto: Reprodução

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está desenvolvendo um programa para identificar regiões onde os alimentos são mais caros para a população de baixa renda. Segundo o presidente da estatal, Edegar Pretto, a iniciativa busca garantir preços mais justos, principalmente em áreas periféricas. “Queremos levar comida boa, de verdade, a preços mais justos para a população mais carente”, afirmou Pretto.

O programa não prevê controle ou tabelamento de preços nem limitações à exportação de produtos agrícolas. A ideia é criar incentivos para que pequenos varejistas ofereçam alimentos a preços populares. O projeto está em fase de desenvolvimento e ainda passará pelo crivo do Ministério da Fazenda e da Casa Civil antes de ser apresentado pelo presidente Lula.

A iniciativa integra o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar, lançado em outubro de 2024, e deve mobilizar até R$ 1,2 bilhão do orçamento de 2025. O objetivo principal é identificar “vazios de alimentos” no Brasil, onde o custo elevado é resultado da logística de transporte entre centros urbanos e periferias. “Queremos inverter essa lógica”, explicou Pretto.

Outro foco do programa é reforçar os estoques públicos para garantir estabilidade nos preços. A meta da Conab é adquirir 1,2 milhão de toneladas de arroz, milho e trigo para compor cestas básicas, com investimentos estimados em R$ 1,5 bilhão. Além disso, a estatal destinará R$ 75 milhões à recuperação de armazéns para melhorar o armazenamento de produtos.

O Plano Safra, que oferece crédito com juros reduzidos para incentivar a produção de alimentos básicos, também deve contribuir para a redução dos preços. Pretto destacou que políticas recentes já começaram a dar resultados e que a safra histórica de 322,3 milhões de toneladas deve impactar positivamente o mercado em 2025.

Apesar de avanços, a quantidade de produtos armazenados ainda é limitada. Em dezembro de 2024, os estoques de arroz somavam 416 toneladas, enquanto os de milho estavam em 229,5 mil toneladas, uma queda em relação ao ano anterior. Pequenos estoques de mandioca e leite também foram registrados, com volumes que ainda precisam ser ampliados.

Arroz e feijão em mercado brasileiro – Foto: Reprodução

Para arroz e feijão, considerados essenciais na dieta brasileira, a Conab aposta em contratos de opção de venda com preços atrativos para os produtores. “Com o aumento da produção, os preços vão cair, e os contratos se tornarão mais vantajosos”, disse Pretto, ao comentar o impacto das políticas públicas voltadas ao equilíbrio de mercado.

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Last Update: 22/01/2025