Manifestamos nosso apoio à Campanha Salarial dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios, cuja data-base é em 1º de agosto. Após diversas reuniões de negociação com a direção dos Correios, a empresa não atendeu às reivindicações centrais da categoria, tais como o reajuste salarial imediato, a realização de concurso público e a redução do custo do plano de saúde.

Diante do impasse nas negociações, os trabalhadores dos Correios iniciaram uma greve nacional em 7 de agosto de 2024. Esta decisão foi tomada após a empresa encerrar as negociações sem discutir cláusulas essenciais para a categoria e não apresentar uma proposta que contemplasse os anseios e reivindicações dos trabalhadores.

Mesmo em greve, as representações dos trabalhadores solicitaram aos Correios a retomada das negociações, acreditando que somente a manutenção do diálogo social pode permitir encontrar soluções para a assinatura de um acordo coletivo de trabalho.

No entanto, a direção dos Correios não apenas se recusou a retomar o diálogo com os representantes dos sindicatos em greve, como também realizou reuniões com representações de sindicatos que não estão em greve, como a reunião realizada em 13 de agosto de 2024 com a FENTECT.

Não é adequado que uma empresa pública, sob um governo democrático, se reúna apenas com uma das partes, desconsiderando as representações sindicais em greve. É necessário que se reúna com todas as partes e negocie com todas as representações que legitimamente defendem os trabalhadores. Além disso, não é aceitável o encerramento das negociações coletivas devido à decretação da greve. As greves são instrumentos legítimos dos trabalhadores, previstos na legislação brasileira. Sendo uma empresa pública vinculada ao Governo Federal, os Correios não devem ignorar as legítimas representações sindicais dos trabalhadores.

Assim, manifestamos nosso apoio à greve e solicitamos que a direção dos Correios restabeleça imediatamente o processo de negociação. No Estado democrático de direito, não é razoável que a direção dos Correios recuse a continuidade da negociação coletiva com as representações dos trabalhadores.

Negociação já!!!

Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

José Gozze, Presidente da PÚBLICA, Central do Servidor

Luiz Carlos Prates (Mancha), Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular

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Last Update: 15/08/2024