O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, demonstrou esperança de que as relações entre Brasil e Estados Unidos, sob a presidência de extrema-direita de Donald Trump, sejam marcadas por “pragmatismo e respeito mútuo”, segundo Bela Megale, no jornal O Globo. A expectativa é baseada na experiência passada de Lula com o presidente George W. Bush, indicando que interesses pragmáticos podem superar diferenças ideológicas.
Os EUA são um dos principais parceiros comerciais do Brasil, sendo o segundo maior importador de produtos brasileiros. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também corrobora essa visão, enfatizando que as relações bilaterais são de Estado, acima de questões partidárias.
Um ponto de tensão potencial é a regulação das big techs e redes sociais. A proximidade de Trump com o X, de Elon Musk, e a Meta, de Mark Zuckerberg, e suas plataformas levanta preocupações no Brasil sobre a disseminação de desinformação, especialmente com a proximidade das eleições.
A posse de Trump promete ser um evento simbólico, com mais de 30 parlamentares bolsonaristas planejando comparecer em Washington.
Lula, no entanto, não foi convidado, já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegou receber um convite, mas não pôde viajar por ser investigado por uma trama golpista, o que culminou na retenção de seu passaporte. Trump, quebrando a tradição, convidou apenas outros líderes de direita, como Javier Milei da Argentina e Georgia Meloni da Itália.
Apesar das reservas anteriores, Lula adotou um tom diplomático ao parabenizar Trump por sua vitória, desejando “sorte e sucesso” ao novo governo. Isso contrasta com suas declarações anteriores de apoio a Kamala Harris, onde expressou preocupações sobre o ressurgimento do fascismo e nazismo sob nova aparência.
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