Todas as empresas ouvidas no “Panorama da Gestão de Despesas Corporativas no Brasil” demonstraram dificuldade em definir o que é gestão de despesas.

O levantamento foi realizado pela Conta Simples, em parceria com a Visa, e expõe um problema de base que afeta diretamente a organização financeira das companhias.

Essa limitação se torna ainda mais relevante no segundo trimestre, período em que muitas empresas reavaliam metas, planejam novos investimentos e buscam crescer com equilíbrio.

Segundo trimestre é momento de recalcular a rota

Após o encerramento do primeiro trimestre, já é possível avaliar os resultados iniciais do ano.

Segundo Rodrigo Tognini, CEO da Conta Simples, esse é o momento certo para alinhar os dados financeiros com os objetivos estratégicos.

“O segundo trimestre é uma etapa de diagnóstico e ajuste”, explica.

Para startups, micro, pequenas e médias empresas, o desafio não está apenas em reduzir custos.

É necessário controlar processos, organizar operações e tomar decisões com base em dados.

A seguir, veja as cinco práticas que podem ajudar empresas a organizarem seu caixa e ganharem mais eficiência na gestão financeira.

Digitalizar e automatizar processos economiza tempo e reduz falhas

De acordo com o estudo, MPMEs gastam mais de 20 horas por semana no controle de despesas.

Isso representa mais de dois dias de trabalho dedicados a tarefas manuais, como anotações em cadernos.

Cerca de 7,5 milhões de empresas no Brasil ainda utilizam esse tipo de método.

Segundo Tognini, automatizar esses processos é o primeiro passo para eliminar gargalos.

“Além de economizar tempo, a automação reduz erros e libera o time para análises mais estratégicas”, afirma.

Gestão centralizada facilita projeções e decisões

Concentrar os dados financeiros em uma única plataforma ajuda a evitar perda de informações.

Isso também permite uma visão mais clara do fluxo de caixa e das obrigações da empresa.

Com tudo reunido no mesmo ambiente, como pagamentos, reembolsos e orçamentos, o controle é mais eficiente.

“O financeiro deixa de ‘caçar dados’ e passa a ler o negócio em tempo real”, aponta Tognini.

Separar contas da empresa e do sócio melhora a transparência

Cerca de 3,5 milhões de MPMEs ainda usam cartões pessoais dos sócios para cobrir gastos da empresa.

Essa prática compromete o controle e dificulta a separação correta dos valores.

Segundo o CEO, misturar despesas pessoais e corporativas gera imprecisão nos relatórios e confusão fiscal.

“O reembolso vira um processo manual, sujeito a falhas, que mascara o desempenho real da empresa”, destaca.

Usar crédito com estratégia ajuda a preservar o caixa

A procura por crédito cresceu quase 13% em julho de 2024 em relação ao mesmo mês de 2023, segundo a Serasa Experian.

Esses recursos podem acelerar o crescimento, mas precisam ser usados com planejamento.

Rodrigo Tognini recomenda o uso de ferramentas que ajudem a compreender prazos e custos.

Ele cita o modelo BNPL (Buy Now, Pay Later) como exemplo de solução que permite parcelar pagamentos via boleto, TED ou PIX.

Essa alternativa evita a pressão imediata no caixa e organiza o capital de giro.

Controlar o fluxo de caixa diariamente permite decisões rápidas

Segundo o Panorama, 61% das empresas consideram o controle de gastos um dos pilares da gestão financeira.

Para isso, é preciso registrar entradas e saídas todos os dias.

Esse hábito permite identificar falhas rapidamente e tomar decisões com mais agilidade.

Rodrigo Tognini orienta a evitar o acúmulo de dados para o fim do mês.

“Contar com ferramentas de gestão financeira garante precisão e previsibilidade no dia a dia”, afirma.

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Last Update: 11/05/2025