O Sistema Único de Saúde (SUS) é mais do que apenas serviços de atenção primária e especializada. Ele também é responsável pelo monitoramento da qualidade da água consumida pela população, seja para beber, tomar banho ou preparar alimentos.
A água pode ser um veículo de transmissão de doenças como diarreia, hepatite A, cólera, giardíase e amebíase, leptospirose e micoses. Essas doenças são transmitidas por meio do consumo de água contaminada e são agravadas pela poluição dos rios e lagos.
A vigilância da água para consumo humano é realizada para garantir acesso à água segura, com qualidade e de acordo com o padrão de potabilidade vigente. O Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) é desenvolvido conjuntamente pelo Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde.
O Vigiagua tem como objetivos:
- Reduzir a mortalidade por doenças transmitidas pela água;
- Buscar a melhoria das condições sanitárias das diversas formas de abastecimento de água para consumo humano;
- Avaliar e gerenciar o risco à saúde das condições sanitárias das diversas formas de abastecimento de água;
- Monitorar sistematicamente a qualidade da água consumida pela população, nos termos da legislação vigente;
- Informar à população a qualidade da água e riscos à saúde;
- Apoiar o desenvolvimento de ações de educação em saúde e mobilização social.
A rotina de vigilância é exercida nas diferentes formas de abastecimento, como a atividade dos prestadores de serviços de saneamento básico, responsáveis por chafarizes, mananciais e torneiras públicas para abastecimento. Os dados desse monitoramento são informados ao Ministério da Saúde, que faz o acompanhamento pelo Sistema de Informações de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua).
O Ministério da Saúde destaca que a garantia de saneamento básico é fundamental para a economia do SUS. A falta de infraestrutura sanitária suficiente é responsável por 612 mil internações e um gasto de R$ 1,1 bilhão em 2023.
De acordo com o IBGE, 24% dos brasileiros vivem em residências sem descarte adequado de esgoto, 9% não contam com coleta de lixo, 3% não têm abastecimento de água adequado e 0,6% não possuem banheiro ou sanitário.
A Sabesp pública é um exemplo de sucesso em São Paulo, onde atuou nos últimos 50 anos para levar água e esgoto tratado para 375 cidades e garantir acesso à água e esgoto coletado e tratado para 300 cidades. E os demais municípios chegariam a esse nível até 2030.
“Por isso consideramos a privatização da Sabesp um crime. Uma empresa que em 50 anos atuou para garantir o direito à água e esgoto tratado com qualidade, levar saúde para o povo de São Paulo. E tudo isso com seus recursos e ainda produzindo ciência para o setor. Seguimos em luta pela reversão da privatização que já escancarou que o objetivo nunca foi a universalização, mas sim colocar a mão na Sabesp, maior empresa de saneamento da América Latina”, destaca a direção do Sindicato.
Água é vida!
Com informações do SUS