De acordo com uma série de pesquisas realizadas pela Quaest e divulgadas em julho de 2024, a influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições municipais para as prefeituras de cinco capitais brasileiras revela tendências distintas. As cidades analisadas foram São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Campo Grande.
Na capital paulista, 29% dos eleitores prefeririam um candidato desconhecido endossado pelo petista, enquanto 20% optariam por um indicado por Bolsonaro. No entanto, no Rio de Janeiro, a discrepância é menor, com 23% dos eleitores favoráveis a um candidato desconhecido apoiado por Lula e 27% pelo ex-presidente.
Em Belo Horizonte, a pesquisa revela que 23% dos eleitores prefeririam um candidato desconhecido apoiado pelo chefe do Executivo, comparado a 31% que prefeririam um indicado pelo ex-presidente. Em Manaus, a diferença é ainda mais acentuada: 25% dos eleitores optariam por um desconhecido respaldado por Lula, enquanto 34% prefeririam um indicado por Bolsonaro.
Em Campo Grande, a pesquisa mostra uma situação de equivalência técnica, com 30% dos eleitores favoráveis a um candidato desconhecido apoiado pelo atual comandante da República e 34% a um indicado pelo líder da extrema-direita, dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais.
Levantamentos anteriores indicam uma queda na influência dos ex-presidentes em Manaus e São Paulo, e uma estabilidade no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a rejeição a candidatos desconhecidos apoiados por Lula aumentou de 53% para 66%, e para Bolsonaro, de 63% para 75%.
Em Manaus, a rejeição a candidatos de o líder do PT subiu de 60% para 72%, e a do ex-capitão, de 47% para 63%. A preferência por prefeitos independentes também cresceu de 40% para 48% em Manaus.
No Rio de Janeiro, os percentuais de rejeição a candidatos desconhecidos apoiados por ambos oscilaram negativamente, dentro da margem de erro. Em São Paulo, a influência de Lula é comparável à do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A pesquisa também mostra que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) obteve um aumento nas intenções de voto com o apoio do presidente, subindo de 23% para 28%. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) também apresentou um leve aumento nas intenções de voto.
No Rio de Janeiro, o apoio de Jair Bolsonaro ao deputado federal Delegado Ramagem (PL) fez suas intenções de voto saltarem de 14% para 30%. Já o apoio do atual comandante do Brasil fez com que o prefeito Eduardo Paes (MDB) visse uma diminuição nas intenções de voto, de 52% para 46%.
Em Belo Horizonte, a influência de Bolsonaro supera a de Lula, enquanto em Campo Grande as influências dos dois ex-presidentes são equivalentes. Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, o motivo para essas variações ainda é incerto, podendo refletir o cansaço com a polarização ou a crescente rejeição de ambos os políticos.
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