Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Câmara de Vereadores de Porto Alegre, investiga a atuação da Equatorial no ramo de energia no Rio Grande do Sul. Entre os temas debatidos estão a piora do serviço e a demissão em massa de trabalhadores qualificados para a prestação do serviço após a privatização da CEEE Distribuidora.
Redução de mais de metade dos engenheiros
Além do desligamento do pessoal especializado em fiscalização e acompanhamento do serviço, também há a denúncia de demissões de mais da metade dos engenheiros. O diretor do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS), Diego Mizette Oliz, pontuou que “a empresa tinha no quadro 85 engenheiros representados [no sindicato], esse quadro reduziu pra 22 engenheiros. Hoje chega a 32, com os engenheiros contratados pela Equatorial”, explicou.
Questionado sobre o Programa de Demissão Voluntária (PDV) que tirou 998 profissionais da CEEE Equatorial, Oliz avaliou que houve um decréscimo considerável na qualidade da prestação do serviço. “Se perdeu parte da engenharia, parte da técnica, nenhum desses profissionais [demitidos] tinha menos de onze anos de experiência”, avaliou. Ele apontou os déficits na rede, fora os eventos climáticos, e que Porto Alegre tem mais de 1 milhão de consumidores, o que demanda maior atenção por parte da empresa.
Deputados recorrem ao Ministério de Minas e Energia
Em outro movimento, as bancadas do PCdoB e do PT encaminharam ao ministro de Minas e Energia, documento solicitando a averiguação do descumprimento sistemático de cláusulas contratuais por parte da empresa CEEE Equatorial no estado e requisitando que sejam tomadas as medidas legais cabíveis ao caso. O texto resgata episódios nos quais a empresa deixou de atender os consumidores dentro dos padrões mínimos exigidos pela legislação.
Além da péssima prestação de serviços, a CEEE Equatorial também tem causado prejuízo a diversos setores da economia, no campo e na cidade. E mais, os eventos climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos meses, agravaram um quadro de péssimos serviços que já vinham sendo registrados. Aponta que a empresa não responde aos consumidores, não cumpre prazos, não tem um sistema de recebimento de reclamações e solicitações por meio digital, eficiente e não cumpre nenhuma meta de qualidade estabelecida em contrato.
*Com informações do Portal Brasil de Fato