Hoje (18), a Universidade Marxista inicia a segunda parte do segundo módulo do curso Brasil: 500 anos de história – Uma Interpretação Marxista, com aulas presenciais no Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP), na Rua Conselheiro Crispiniano, 73, República, São Paulo, e transmissão ao vivo pela plataforma da Universidade Marxista. Ministrado pelo presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, o módulo O Império Tropical abordará o período da Independência (1822) à Proclamação da República (1889), analisando a conjuntura mundial, o Primeiro Reinado, o período regencial, o Segundo Reinado, a economia cafeeira, a Guerra do Paraguai, a campanha abolicionista e a crise que levou à República.
O curso começará examinando a conjuntura mundial na década de 1820, marcada por revoluções liberais na Europa e independências na América Latina, que moldaram a emancipação brasileira. O Primeiro Reinado (1822-1831), sob o imperador Dom Pedro I, será observado pela habilidade do monarca em preservar a unidade nacional contra movimentos separatistas em províncias como Pernambuco e Maranhão.
Apesar de acusado de centralizador, Dom Pedro I conteve crises como a Confederação do Equador (1824), assegurando a integridade territorial. Sua autoridade militar e astúcia política não evitaram tensões políticas, levando à abdicação em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho, Dom Pedro II, então com 5 anos. O curso também abordará a campanha militar de Dom Pedro I em Portugal (onde passará a ser conhecido como Dom Pedro IV, o Rei Soldado), onde derrotou seu irmão absolutista, Dom Miguel, na Guerra Civil (1832-1834), garantindo o trono liberal para sua filha, Maria II.
O período regencial (1831-1840) será caracterizado como uma fase de instabilidade, com revoltas que quase desintegraram o Brasil, ao contrário das ex-colônias espanholas. Entre os levantes, destacam-se a Cabanagem (Pará, 1835-1840), a Sabinada (Bahia, 1837-1838), a Balaiada (Maranhão, 1838-1841) e a Revolução Farroupilha (Rio Grande do Sul, 1835-1845), impulsionadas por desigualdades regionais.
A partir de 1830, o Brasil entrou em um ciclo de desenvolvimento com a expansão do café, deslocando o eixo econômico para o Sudeste. Para estabilizar o País, os regentes executaram o Golpe da Maioridade em 1840, reduzindo a idade de Dom Pedro II para 14 anos. O Segundo Reinado (1840-1889) consolidou a unidade nacional e viu o auge da economia cafeeira, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro, que se tornou o coração econômico do Império.
Não ficará de fora, naturalmente, a Guerra do Paraguai (1864-1870), um conflito desencadeado por ambições territoriais paraguaias, enfrentadas pelo Brasil e pela Argentina. Com cerca de 300 mil mortos, a guerra foi o maior teste à unidade nacional até hoje.
A vitória brasileira fortaleceu o Exército, que, junto a figuras como o advogado Luiz Gama, o professor Benjamin Constant e o movimento dos Caifazes, impulsionou a campanha abolicionista. A abolição, concretizada em 13 de maio de 1888, com a Lei Áurea, libertou cerca de 700 mil escravos, mas gerou tensões com setores agrários, que explodirão com as pressões republicanas, culminando na Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, encerrando o Império.
A Universidade Marxista oferece uma chance única de compreender a história brasileira com base em fatos, desafiando distorções históricas. As aulas presenciais no CCBP permitem interação direta com Rui Costa Pimenta, enquanto a plataforma online disponibiliza gravações.
Inscreva-se na Universidade Marxista e participe dessa análise crítica do passado do Brasil, fundamental para entender o presente. O curso é uma oportunidade para todos que buscam conhecimento histórico rigoroso, com inscrições abertas no site da Universidade Marxista.