A Aliança Amor por São Paulo une, para a disputa eleitoral pelo comando da prefeitura da maior cidade do hemisfério sul, cujo orçamento deste ano é de R$ 111,8 bilhões, a energia de Guilherme Boulos (PSOL) e a experiência de Marta Suplicy, ex-prefeita da capital e cuja ótima gestão ainda está na memória dos paulistanos. É essa dupla que está à frente de um plano de governo com propostas para, em suma, priorizar, na capital paulista, a atenção às pessoas, por meio do enfrentamento das desigualdades e das injustiças sociais. Também é objetivo central buscar a eficiência na gestão pública, com planejamento, visão de futuro, inovação.

Boulos e Marta. Marta e Boulos. A interação entre o professor e a psicóloga cresceu conforme avançaram as negociações políticas. A arte também ajudou: ambos se comoveram na plateia de peça de teatro que conta a história da roqueira Rita Lee. E a habilidade com a culinária árabe serviu para a confirmação da sintonia e a celebração da união entre o candidato a prefeito, que cumpre o primeiro mandato como deputado federal, e a candidata a vice-prefeita. “É um bom cozinheiro”, diz a ex-senadora, ex-ministra da cultura e do turismo, ex-deputada federal, autora de nove livros.

“O que mais me impressiona no Boulos é a humanidade: ele pensa no outro, é uma pessoa que ouve, considera o que ouviu, conversa, pratica o diálogo, algo muito importante e necessário para quem vai governar”, explica Marta. “Estou contente por tentar voltar à prefeitura como vice-prefeita porque acho importante dar espaço para as novas lideranças, que são muito bem preparadas, e trago, para colaborar, a experiência”, diz a ex-prefeita. “A memória da administração que fiz reforça a credibilidade: se a Marta, que foi considerada uma ótima prefeita, está junto com o Boulos, é porque ele é bom.”

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Os dois candidatos lançaram a chapa em julho. “Queremos ganhar as eleições para mudar a vida do povo, botar a periferia em primeiro lugar e fazer história”, discursou Boulos diante do presidente Lula, de Marta Suplicy e de autoridades petistas. “Quero agradecer em primeiro lugar essa militância, mais de 10 mil pessoas, a militância que no fim do dia, quando o bicho pega, segura a onda, e é que quem vai levar a campanha nas costas”, registrou. E, no começo de agosto, a dupla apresentou o plano de governo da Amor por São Paulo, coligação com a participação de sete partidos.

O documento, com 40 páginas, elenca 119 diretrizes estratégicas de governo, divididas por temas. A elaboração do plano demandou a realização, desde 2023, de reuniões plenárias, quando mais de 12 mil pessoas manifestaram opinião, colaboraram com a indicação de carências e apresentaram propostas. “A prioridade é enfrentar as desigualdades profundas da nossa cidade”, diz Boulos. “Queremos também mais eficiência: São Paulo que historicamente foi uma cidade inovadora, precisa voltar a ter planejamento e visão de futuro”, afirmou.

Rede

Em relação aos serviços de saúde pública na capital paulista, Boulos e Marta pretendem levar adiante o Poupatempo da Saúde. A proposta prevê a formação de uma rede de policlínicas e centros de diagnóstico, espalhados por toda a cidade, para garantir à população a acesso ao atendimento de média complexidade. A organização dessa estrutura no município abre a perspectiva de extinguir com as filas de pacientes à espera de consultas com especialistas. A sequência do tratamento emperra porque depende dos resultados de exames médicos laboratoriais e de imagem.

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Candidato e candidata firmaram também compromisso com a melhoria da educação pública paulistana. O plano de governo prevê a implementação gradual da educação integral em todas as escolas municipais e cita a criação de Centros de Oportunidade da Juventude, com a oferta de ações de capacitação para atuação na economia criativa. Quanto à segurança, o plano é dobrar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM). E, para melhoria da mobilidade urbana, a Coligação Amor por São Paulo se compromete com a ampliação da malha de corredores de ônibus.

“Tudo isso que a gente está apresentando é possível de ser feito”, explica o candidato Boulos. “E só não foi feito até aqui por uma razão: quem está hoje à frente da Prefeitura de São Paulo não tem uma visão de dar prioridade para as pessoas”, afirma. “Tem uma parcela de pessoas ricas em São Paulo que aprova o Boulos porque estão cansadas de gente que não melhora a qualidade de vida da cidade para os que têm menos”, diz Marta. “São paulistanos que têm sensibilidade para perceber que o Boulos está preparado, que vai trabalhar para qualificar essa cidade e, ao mesmo tempo, para diminuir a violência.

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Da Redação

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Última Atualização: 22/08/2024