O portal The Economist publicou um artigo afirmando que cresce na Europa uma discussão sobre o fortalecimento do arsenal nuclear dos países do continente, em contraponto às mudanças geopolíticas dos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump.

O artigo lembra que, por quase 80 anos, os Estados Unidos mantiveram um “guarda-chuva nuclear” sobre a Europa. No entanto, o velho continente vem desenvolvendo o receio de que não haverá a proteção prometida. Na atual quadra histórica, a própria ideia de que um país poderia acionar suas forças nucleares — “e, portanto, arriscar a aniquilação nuclear” — em nome de outro país, tem soado como “antinatural”, diz a revista.

Diante do cenário, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, por exemplo, sugeriu publicamente que o país poderia se sentir mais seguro com seu próprio arsenal nuclear, embora reconheça que um esforço neste sentido levaria anos. A França, por meio de Emmanuel Macron, também está discutindo o uso do poder nuclear francês para proteger aliados europeus.

No entanto, segundo The Economist, a França mantém uma postura “sóbria e relutante” em delegar o controle das suas armas nucleares a outros países, embora reconheça que os seus interesses pertencem a uma “dimensão europeia”.

O artigo menciona ainda o histórico de esforço de criação de uma força nuclear europeia conjunta, mas frisa que essas iniciativas fracassaram devido à falta de consenso e à resistência dos países em compartilhar o controle sobre suas armas nucleares.

Os Estados Unidos construíram guarda-chuva nuclear sobre a Europa durante a Guerra Fria, alegadamente contra a ameaça soviética e o expansionismo comunista. Segundo o texto, os americanos têm mais de 100 bombas atômicas espalhadas em países aliados da OTAN. Alemanha, Itália e Turquia concentram estes arsenais. Já França e Reino Unido são países europeus com arsenais próprios.

O arsenal nuclear da Europa é relativamente pequeno em comparação com o dos Estados Unidos e da Rússia, mas ainda assim envolve várias potências nucleares e componentes importantes no sistema de dissuasão da Otan. Abaixo está um resumo do arsenal nuclear de alguns países europeus:

França

  • A França tem um dos maiores arsenais nucleares da Europa. Estima-se que a França possua cerca de 300 ogivas nucleares . Essas ogivasdissuasão nuclear soberana ,

2. Reino Unido

  • O Reino Unido tem um número menor de ogivas nucleares, com cerca de 200 ogivas nucleares . Tudo como

3. Estados Unidos na Europa

  • Embora os Estados Unidos não possuíssem um arsenal nuclear independente na Europa, eles estacionavam uma quantidade significativa de bombas nucleares nucleares B61 em180 bombas B61 abases na Alemanha, Bélgica, Países Baixos, Itália e Turquia. E

4. Outros países de Otan

  • Países como Alemanha, Itália, Países Baixos e Turquia têm capacidades de compartilhamento nuclear com os Estados Unidos, onde as forças aéreas dessas nações têm treinamento para transportar e lançar as bombas nucleares B61 sob a supervisão americana. No entanto, esses países não possuem arsenais nucleares independentes.

Leia o artigo completo de The Economist aqui.

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Last Update: 14/03/2025