Recuo é o maior em três anos e foi puxado pela queda no preço dos alimentos (-0,46%) e da luz (-4,21%). “A queda de preços é um sinal de que a economia está melhorando”, celebra Jaques Wagner
O trabalho do governo Lula para garantir comida barata na mesa das famílias brasileiras segue surtindo efeito no dia a dia dos trabalhadores. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10) revelaram que a inflação oficial do país manteve-se negativa em agosto. A deflação de 0,11%, informa o IBGE, é a maior em três anos e foi puxada pela queda no preço dos alimentos (-0,46%) e da luz (-4,21%).
Com o resultado, o acumulado de 12 meses atinge 5,13%, ligeiramente abaixo dos 5,23% do ano terminado em julho, mas ainda acima do teto da meta (3%), que vai até 4,5%.
O grupo “Alimentação e bebidas” caiu pelo terceiro mês seguido. Nesse período, os alimentos acumularam queda de 0,91%. O de “Transportes” (-0,27%), por sua vez, também contribuiu para a deflação de agosto.
O líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner (BA), comemorou o resultado. “O que isso significa? Que a gente está pagando menos por itens essenciais, como alimentos e a conta de luz”, destacou o parlamentar.
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O economista Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa, avalia que os grupos “Habitação”, “Alimentação” e “Transportes”, somados, representam -0,3 pontos percentuais (p.p.) no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Sem eles, o resultado do IPCA de agosto ficaria em 0,43%”, explica.
Bônus de Itaipu
O recuo de 4,21% nas contas de luz impactou negativamente o IPCA em 0,17 p.p., figurando como o subitem que mais puxou a inflação para baixo. Assim, o grupo “Habitação” caiu 0,90%. Trata-se da maior queda nesse conjunto de preços para um mês de agosto desde o início do Plano Real, em 1994.
Isso se deve ao chamado “Bônus de Itaipu”, desconto que beneficiou 80,8 milhões de consumidores. De acordo com a Agência Brasil, a bonificação compensou a bandeira tarifária vermelha 2, que adiciona R$ 7,87 na conta de luz a cada 10,1 mil kWh consumidos.
INPC
PTNacional, com informações de IBGE e Carta Capital