A Suécia formalizou uma doação de R$ 273 milhões ao Fundo Amazônia. Isso consolida o país como o maior doador para o programa, com recursos que ultrapassam R$ 3 bilhões.

O primeiro aporte daquele país foi feito em 2009. A nova doação foi compromissada na última COP, em Dubai, dezembro passado.

Em 2023, o Fundo fechou com R$ 3,5 bilhões de recursos acumulados desde sua criação. A Alemanha doou R$ 107 milhões, os Estados Unidos R$ 15 milhões e Suíça R$ 28 milhões.

Antes da nova doação, a Suécia era responsável por 89,9% dos recursos já recebidos, seguida pela Alemanha (8,4%), Suíça (0,8%), Petrobras (0,5%) e Estados Unidos (0,4%).

As doações de R$ 497 milhões do Reino Unido e de R$ 80 milhões da Alemanha estão contratadas e ainda irão ingressar no Fundo nos próximos meses.

As doações recebidas em 2023, bem como os contratos assinados com Suíça, EUA, Alemanha e Reino Unido, somam R$ 726 milhões.

“Essa nova doação da Suécia vem reafirmar nossos compromissos mútuos e abrir caminho para novos doadores seguirem esse exemplo de parceria bem-sucedida”, disse o superintendente da Área de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri.

O BNDES divulgou os benefícios que o Fundo tem gerado na região.

São cerca de 1,1 milhão de imóveis inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR); mais de 75 milhões de hectares de área de floresta com manejo sustentável; quase 1.900 missões de fiscalização ambiental efetuadas; mais de 61 mil indígenas diretamente beneficiados; 613 publicações científicas ou informativas produzidas; e mais de 2.000 pesquisadores e técnicos envolvidos nas atividades de ciência, tecnologia e inovação apoiadas.

Reativação

De acordo com o banco, a recriação da estrutura de governança do Fundo permitiu novas contratações e a diversificação de países parceiros.

O pagamento por resultados pela Suécia é a maior doação anunciada para 2024. O Japão se tornou este ano o primeiro país asiático a apoiar o Fundo.

 “A atuação dos governos contra o desmatamento e, principalmente, seus resultados positivos ao longo dos anos, deram ao país essa autoridade e respeito para a gestão do Fundo”, avalia a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campelo.

“A cada ano estamos reforçando a confiança da comunidade internacional nos compromissos de redução do desmatamento”, completou Campelo.

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Última Atualização: 01/07/2024