
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta terça-feira (3), em entrevista à Rádio Auriverde, que deixou o Brasil e está atualmente na Europa. Ela, que chamou o Parlamento de “covarde”, não revelou para qual país foi.
A parlamentar bolsonarista alegou ser vítima de “perseguição judicial” após ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento em invasões ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Estou fora do Brasil já faz alguns dias. Vim, a princípio, buscar um tratamento médico, e agora vou pedir para que eu possa me afastar do cargo (…) Vou me basear na Europa, tenho cidadania europeia. Estou muito tranquila quanto a isso”, afirmou.
🚨Urgente! Zambelli fugiu!
Após ser condenada a 10 anos de prisão e à perda do mandato, Carla Zambelli fugiu para a Europa usando de pretexto um tratamento médico. Zambelli precisa ser trazida de volta ao Brasil para pagar por seus crimes, é urgente também prender Bolsonaro antes… pic.twitter.com/LMeQ9VX3bF— Fernanda Melchionna (@fernandapsol) June 3, 2025
A bolsonarista se disse vítima de perseguição, mas afirmou ter “renascido” fora do Brasil: “Me cansei de ficar calada, me cansei de não atender meu público (…) Nosso país não tem condições de abrigar pessoas que querem falar tanto quanto eu.”
Zambelli também demonstrou preocupação com suas redes sociais e pediu que seus apoiadores sigam o perfil de sua mãe, Rita, que deve disputar as eleições em 2026. Segundo ela, está tentando transferir seus perfis para a mãe.
A condenação de Zambelli ainda não transitou em julgado, mas pode levá-la à prisão e à perda do mandato. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), ela e o hacker Walter Delgatti inseriram documentos forjados no sistema do CNJ.
Entre os documentos, está um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, redigido como se tivesse sido assinado pelo próprio magistrado. O documento chegou a ser incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
Assista abaixo: