Para a primeira exibição no Brasil do filme o Agente Secreto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na noite desta quinta-feira (8), no Cine Alvorada, em Brasília, os atores Wagner Moura, Alice Carvalho, Tânia Maria e Carlos Francisco, além do diretor Kleber Mendonça Filho.

O filme estreia nos cinemas nacionais no dia 6 de novembro deste ano. No 78º Festival de Cannes, realizado na França em maio, Wagner Moura conquistou o inédito prêmio, para o Brasil, de Melhor Ator, enquanto Kleber Mendonça Filho levou o troféu de Melhor Direção.

“Este ano ganhamos um Oscar nos Estados Unidos, Cannes na França e Berlim na Alemanha. O que falta, na verdade, é criar oportunidade para que as pessoas possam se apresentar com a grandeza que cada um de nós tem”, disse Lula, para quem o cinema precisa chegar à periferia.

O presidente afirma que o governo está tentando levar salas de cinema para a periferia para que o povo possa conhecer o que é a arte do cinema.

Depois de comemorar o reconhecimento internacional do Brasil, o presidente destacou a arte como instrumento de autoestima e soberania nacional.

No mesmo dia da exibição, mais de 750 profissionais do audiovisual brasileiro, entre eles Walter Salles, Kléber Mendonça Filho, Fernanda Torres e Fernando Meirelles, assinaram e entregaram ao presidente uma carta aberta em defesa da regulamentação do streaming.

“A regulamentação encontra-se com mais de uma década de atraso, em um contexto onde o audiovisual tornou-se central para a circulação de ideias,  valores, linguagem e identidade nacional. O Brasil é hoje o segundo maior mercado mundial para plataformas globais de streaming, mas não conta com mecanismos regulatórios que assegurem contrapartidas financeiras, de programação e de propriedade intelectual compatíveis com essa posição”, diz um trecho da carta.

No documento, os artistas solicitaram a Lula apoio ao projeto de lei (2331/22) que prevê  contribuição de no mínio 6% das plataformas para o desenvolvimento do audiovisual brasileiro. Além disso, eles defendem a permanência da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) como relatora da matéria.

“Essa é uma pauta estratégica para a soberania cultural e econômica do Brasil: garantir que nossas histórias, talentos e produções tenham espaço nas plataformas, que essas empresas contribuam com o país e que a indústria nacional possa florescer. O Brasil é um dos maiores consumidores de streaming do mundo, mas o conteúdo brasileiro ainda é pouco valorizado nessas plataformas. Vamos lutar para mudar isso e fazer valer nossa voz, nossa cultura e nossa identidade”, defende Jandira.

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Last Update: 08/08/2025