Amparado pelos eixos temáticos Brasil dos Brasileiros, COP30 e Brasil do Futuro, evento cívico em Brasília teve participação do presidente Lula e outras autoridades, da população, do Curupira (mascote da COP30) e da banda Neojibá, formada por jovens em situação de vulnerabilidade social

Com boa parte do público bradando “sem anistia” e “soberania não se negocia”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu neste domingo (7) o desfile cívico-militar do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O evento começou por volta das 9h20 e contou com público estimado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) em 45 mil pessoas em toda a Esplanada.

Com o lema “Brasil Soberano”, o Desfile Cívico-Militar de 7 de Setembro foi realizado com três eixos temáticos – Brasil dos Brasileiros, COP30 em Belém e Brasil do Futuro –, além da programação tradicional das tropas das Forças Armadas (Marinha, Exército e Forças Aéreas).

“Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro. Mantemos relações amigáveis com todos os países, mas não aceitamos ordens de quem quer que seja. O Brasil tem um único dono: o povo brasileiro”, ressaltou Lula em pronunciamento transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, na noite de sábado (6), em razão do 7 de Setembro.

Lula e a primeira-dama Janja da Silva chegaram à Esplanada em carro aberto, o Rolls-Royce presidencial tradicionalmente usado em cerimônias oficiais, após passar em revista as tropas próximo ao Palácio do Planalto.  Ao desembarcar na tribuna das autoridades, o presidente e a primeira-dama foram recebidos pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e pelos comandantes das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Este ano, o desfile ocorreu em meio à crise bilateral entre Brasil e Estados Unidos, provocada pelo presidente norte-americano de extrema-direita, Donald Trump, que impôs tarifas comerciais aos produtos brasileiros para pressionar o Supremo Tribunal Federal em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado por crimes de tentativa de golpe e abolição do Estado Democrático de Direito. O julgamento deve ser concluído esta semana. Por causa da ação de quintas-colunas contra o Brasil, auxiliando Trump em sua sabotagem contra o Brasil, o tema principal do desfile foi a importância da soberania nacional.

A organização do evento distribuiu bonés com a frase Brasil Soberano, e a decoração das tribunas também trazia a mesma mensagem.  O desfile na Esplanada dos Ministérios, encerrado com a tradicional exibição da Esquadrilha da Fumaça, durou cerca de 2 horas. Além de diversas alas militares, desfile aéreo, a apresentação contou com estudantes de escolas públicas e forças de segurança do Distrito Federal.  Ao final do desfile, antes de ir embora, o presidente Lula desceu da tribuna para cumprimentar o público nas arquibancadas mais próximas.

O povo em defesa da soberania nacional

O povo brasileiro marcou presença na cerimônia. O gaúcho Gustavo Menezes, professor de farmacologia de 50 anos, levou a família para acompanhar o desfile e conhecer a capital federal. “Considero de extrema importância, pelo momento do país, participar e apresentar também para a família, já que é a primeira vez que nós estamos na capital, filhos e esposa. A temática ‘ser soberano’ é o que nos move também a estar aqui e apoiar, hoje, o atual governo”, destacou.

“Passei quase 20 anos fora do Distrito Federal, mesmo sendo daqui, estou voltando agora e é a oportunidade de vir novamente assistir ao desfile, a toda essa comemoração que representa a nossa cultura, a nossa soberania e a nossa independência frente aos outros países do mundo”, afirmou Erica Souza da Silva, assistente administrativa de 37 anos.

Brasilidade

Jandira dos Santos Silva, bancária de 51 anos, enfatizou o orgulho pela sua nacionalidade, que ela faz questão de transmitir para os familiares. “Eu sou aquela brasileira apaixonada por ser brasileira e acho importante colocar na cabeça das crianças, desde cedo, a importância da pátria, de valorizar o país que você vive”, disse. “Como nós somos uma nação incrível, nós não precisamos ser dominados, doutrinados ou controlados por outros países, a gente tem a condição de ser independente. Estamos aqui comemorando essa independência e temos que lutar por isso, não de sermos submissos”, acrescentou.

De Vitória (ES), a arquiteta Eliana Gomes, 49 anos, viajou para participar do desfile, motivada em conectar à atualidade os conteúdos que o filho tem aprendido nas aulas de história. “A gente decidiu vir, principalmente, por causa do Arthur, meu filho de 10 anos, porque ele gosta muito de história. Ele está estudando a história do Brasil no momento e se interessa muito. Por isso, a gente achou que seria interessante ele vir a Brasília ver tudo o que está estudando, principalmente nessa data que é tão importante para o país”, contou.

COP 30

Devido a sua atuação profissional, o professor de farmacologia Gustavo Menezes conhece bem a importância da Amazônia para a produção de insumos farmacêuticos. Por isso, exaltou, durante o desfile de 7 de Setembro, a realização da COP30 na região amazônica. “As pessoas gostam muito de nos definir e nada melhor que virem o que é a Amazônia, produtora de insumos para o mundo todo. É importantíssimo conhecerem a Amazônia e Belém, toda essa região que é riquíssima”, pontuou.

O mineiro Willy Pessoa, contador de 54 anos, também prestigiou o desfile e reconheceu o simbolismo da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) na capital do Pará. “Eu acho que esse evento ser no Brasil é muito importante para todos os líderes de outros países verem o quanto o Brasil está lutando dia a dia para defender o meio ambiente”, defendeu.

Redação PT na Câmara com PT Nacional e Agência Brasil

 

 

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Last Update: 07/09/2025