Com a inflação cada vez mais sob controle e os indicadores econômicos apontando para um PIB acima do esperado pelo mercado, a confiança da indústria voltou a subir, chegando ao maior patamar deste ano. É o que apontam dados da FGV Ibre, que mede o Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Ibre. Segundo a FGV, o indicador subiu 0,9 ponto em maio, para 98,9 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,2 ponto, para 98,4 pontos.

De acordo com a sondagem, em maio houve houve expansão da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O resultado indica uma leve piora nas avaliações do quadro atual mas as expectativas em relação aos próximos meses são positivas. O Índice Situação Atual (ISA) caiu 1,0 ponto, para 99,1 pontos. Em compensação, o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,7 pontos, para 98,8 pontos.

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“Em relação ao futuro, o resultado é positivo em todas as variáveis e acontece de forma espalhada entre os segmentos da pesquisa”, destaca Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

Outro dado positivo é em relação ao Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci). O indicador subiu 0,7 ponto percentual em maio, para 83,7%, registrando o melhor resultado desde janeiro de 2011 (84,0%).

O pesquisador alerta, no entanto, para variáveis que podem prejudicar o desempenho do setor industrial, notadamente as taxas de juros escorchantes do Banco Central. “Apesar da perspectiva de melhora no curto prazo, os empresários têm um ambiente macroeconômico complexo”, pondera Pacini. “O conjunto de política monetária contracionista com a expectativa geral de desaceleração da economia pode refletir em um cenário difícil para a indústria no segundo semestre”, adverte o economista.

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Prévia do IPCA desacelera, puxada por alimentos

Nesta terça-feira (27), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deu mais uma boa notícia para as famílias brasileiras. A prévia da inflação, o IPCA-15 de maio, desacelerou para 0,36% após registrar 0,44% em abril.

O indicador chegou ao menor patamar para o mês desde maio de 2020, puxado pela queda no preço dos alimentos. No acumulado de 12 meses, a prévia da inflação recuou para 5,4%, surpreendendo o mercado financeiro. O acumulado do ano chegou a 2,80%.

De todos os grupos pesquisados, o de Alimentação e bebidas despencou de uma alta de 1,14% em abril para crescimento de 0,39% neste mês. Ainda de acordo com o levantamento do IBGE, a alimentação no domicílio foi a que mais caiu, com produtos como tomate chegando a recuar 7,28%.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registram altas, puxadas por Vestuário (0,92%), Saúde e cuidados pessoais (0,91%) e Habitação (0,67%). Já o grupo Transportes registrou a principal queda (0,29%), com impacto de -0,06 p.p. no índice geral.

Da Redação, com FGV Ibre e Agência Gov

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Last Update: 28/05/2025