Com agência tributária, Brasil dá novo passo na relação comercial com a China

O Ministério da Fazenda informou, nesta segunda-feira (21), que o Brasil vai criar uma agência tributária e aduaneira na China, devido ao crescimento do fluxo comercial entre os dois países nesses últimos anos.

Considerada estratégica pela Receita Federal desde 2023, esta será a quinta Adidância Tributária e Aduaneira da Receita Federal — postos avançados do Fisco brasileiro em outros países que têm como objetivo agilizar o comércio e reduzir a burocracia.

Segundo o Ministério da Fazenda, a China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. A presença de um adido especializado trará vantagens, como o entendimento mútuo das legislações; a redução de entraves burocráticos e o impulsionamento do comércio bilateral.

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O Ministério da Fazenda também informou que a unidade na China ajudará a reduzir práticas ilícitas que prejudicam o comércio bilateral, por meio do combate à evasão fiscal e ao contrabando, além da troca direta de informações e experiências entre os países.

A criação da agência é mais um passo no processo de aproximação entre o Brasil e a China. No início do mês, os dois países assinaram um memorando para a realização de estudos para um corredor ferroviário que ligará os Oceanos Atlântico e Pacífico, integrando ferrovias brasileiras à futura ferrovia que ligará Lucas do Rio Verde (MT) ao porto de Chanclay, no Peru.

Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na China e consolidou a maior rodada de acordos bilaterais de seu terceiro mandato. Ao todo, foram assinados quase 30 atos formais, além de ter sido feito o anúncio de R$ 27 bilhões em investimentos e a reafirmação de uma parceria estratégica com o presidente Xi Jinping.

Com agências

(PL)

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