
A palestina Assmaa Abo Eldijian, está movendo uma campanha de visibilidade junto aos seus amigos e a mídia brasileira para voltar para o Brasil com seus 4 filhos.
Nascida nos Emirados Árabes, Assmaa é filha de brasileiro e viveu no Rio de Janeiro dos 4 aos 20 anos de idade, onde concluiu o ensino fundamental e médio em escolas da Baixada Fluminense. Vive em Gaza desde 2006, onde se casou e teve seus filhos.
Em meio ao genocício promovido por Israel na região, Assmaa, tem recorrido às redes sociais e aos amigos brasileiros para conseguir apoio junto ao Itamaraty, provando que viveu metade da sua vida e que tem boletins da escola e outros documentos.
Em live do dia 22 de maio, Assmaa relata que essa guerra não deve ser chamada de guerra. “É um massacre, um extermínio, é um genocídio. Somos mortos-vivos, só o corpo anda, mas a alma não existe mais”.
O relato de uma palestina em Gaza. Em conversa com @natuzanery, Assmaa Abo Eldijian, que viveu no Brasil dos 4 aos 20 anos e mora em Gaza desde 2006, conta como é lidar com o conflito. OUÇA ==> https://t.co/vuHkQ1bMa2 #g1 #oassunto pic.twitter.com/XTadsx36sB
— g1 (@g1) May 21, 2025
Em matéria publicada no dia 22 de maio, no portal da Agência Brasil, com a manchete “Itamaraty: não é possível resgatar de Gaza mulher que viveu no Brasil”, o noticiário informa que o governo só é capaz de negociar a retirada de cidadãos brasileiros ou que sejam do núcleo familiar direto de brasileiros. “Esse requisito foi também verificado pelas autoridades dos países envolvidos, de modo a autorizar suas saídas”, disse o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Os pais de Assmaa iniciaram o processo de pedido de cidadania quando ela vivia no Brasil. No entanto, precisaram voltar para Gaza por motivo de saúde de familiares de lá, não conseguiram mais retornar.