Avichai Stern, prefeito de Kiryat Shmona, no norte da Palestina Ocupada, afirmou que “‘Israel’ continua preso a um impasse em termos de segurança no norte”, destacando que o regime de ocupação “não aprendeu suas lições”.
Em entrevista à emissora Kan, Stern relatou que apenas 50% dos colonos retornaram a Kiryat Shmona e que somente 30% dos estabelecimentos comerciais retomaram suas atividades.
De acordo com o jornal hebraico Yedioth Ahronoth, muitos colonos permanecem relutantes em retornar ao norte da Palestina Ocupada, citando um sentimento generalizado de insegurança e a falta de serviços básicos.
David Azoulay, chefe do Conselho de Metula, reforçou as preocupações, advertindo que “não há para onde voltar”, e apontou que, no momento, é inviável absorver novamente os colonos.
Ele também criticou os ministros israelenses por incentivarem prematuramente o retorno dos colonos, afirmando: “é impossível declarar a volta quando não há infraestrutura básica para manter a vida comunitária”.
Segundo o Canal 14 israelense, o prejuízo estimado nas colônias evacuadas no norte da Palestina Ocupada chega a cerca de 9 bilhões de shekels (mais de US$2,5 bilhões), com aproximadamente 2.900 edificações danificadas pelos disparos do Hesbolá a partir do Líbano.
O plano de reconstrução apresentado pelo deputado Ze’ev Elkin, do partido Likud, estima os danos diretos em 5,5 bilhões de shekels e os danos indiretos em 3,5 bilhões de shekels. Além disso, 103 instituições de ensino da área norte evacuada, abrangendo 43 colônias localizadas a até 3,5 quilômetros da fronteira com o Líbano, sofreram danos estruturais.
Entre as colônias atingidas está Metula, onde, segundo Azoulay, mais de 70% das unidades habitacionais foram danificadas, sendo que 50% delas estão em condições inabitáveis.