O ministro da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, garantiu que seu país condena “qualquer ação que leve ao aumento da violência ou que gere repressão” na Venezuela, cenário de protestos contra a reeleição questionada de Nicolás Maduro, que já resultou em 24 mortos.
Após uma eleição que a oposição denuncia como fraudulenta e manifestações contra o chavismo continuam, o ministro colombiano pediu “que haja muita cautela, muita prudência, para evitar que ocorram surtos de violência”.
Os Estados Unidos e vários países da América Latina reconhecem o candidato opositor Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições.
Os governos de Brasil, Colômbia e México estão trabalhando para um acordo político na Venezuela que permita superar a crise.
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro e Andrés Manuel López Obrador estão em contato para avançar na crise política venezuelana.
Maduro foi proclamado vencedor das eleições de 28 de julho com 52% dos votos contra 43% de González, que reivindica sua vitória e denuncia fraude.
Os protestos que eclodiram após o resultado da eleição deixaram pelo menos 24 mortos e cerca de dois mil detidos.
“Em qualquer cenário, devem ser respeitados os direitos das pessoas, seus direitos políticos, sociais, econômicos”, assegurou Murillo.
A líder da oposição venezuelana María Corina Machado denunciou uma “campanha de terror” na Venezuela e pediu que militares e policiais se coloquem “ao lado do povo”.
A Força Armada venezuelana ratificou sua “lealdade absoluta” a Maduro.
O Conselho Nacional Eleitoral não divulgou os resultados detalhados da eleição e alega que seu sistema foi hackeado.
Embora tenha sido cauteloso em suas declarações sobre a Venezuela, Petro pediu um “escrutínio transparente” diante das “graves dúvidas” sobre as eleições.