
A Coligação Brasil da Esperança apresentou nesta quarta-feira (12) um pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ampliar a investigação sobre a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados durante e após as eleições de 2022.
O objetivo é incluir novos elementos, provas e documentos obtidos nos inquéritos da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre as reuniões em que foi discutida a tentativa de golpe de Estado.
Na petição, a Coligação solicitou a inclusão do senador Flávio Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro nas investigações, assim como a incorporação de detalhes do inquérito 4874, em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Flávio e Eduardo, por enquanto, não foram acusados nem são alvos de investigação criminal. Porém, os advogados da coligação de Lula esperam que o aditamento impulsione a ação, que atualmente está paralisada na Corregedoria do TSE.
Além disso, no documento, eles argumentam que os filhos do ex-presidente tiveram envolvimento na suposta trama golpista. Segundo a petição, Eduardo Bolsonaro teria atuado como articulador internacional para garantir reconhecimento ao golpe, caso tivesse êxito. Já Flávio Bolsonaro, de acordo com os advogados, teria atacado as urnas eletrônicas e o STF, contribuindo para fortalecer a narrativa adotada pelos investigados.
O pedido também requer a obtenção de dados complementares, como registros de geolocalização, para identificar outros envolvidos nas reuniões de elaboração do chamado “decreto de golpe”.

Como Bolsonaro está inelegível por oito anos, Flávio e Eduardo são apontados como alternativas para concorrer à Presidência em 2026.
Segundo os advogados da Coligação, Eduardo teria atuado como articulador internacional para garantir que, caso o golpe fosse bem sucedido, ele fosse aceito pela comunidade internacional.
Já Flávio seria responsável pela organização dos ataques às urnas eletrônicas e contra o STF.