Do coletivo Judias e Judeus Pela Democracia:
Não podemos tolerar que o antissemitismo seja utilizado como ferramenta de disputa ideológica. A proteção dos judeus e a construção de uma sociedade livre de preconceitos não podem ser negociadas ou subordinadas a interesses de poder.
Não existe “antissemitismo de esquerda” ou “antissemitismo de direita” — há apenas antissemitismo, uma forma de ódio que atravessa os espectros políticos e deve ser condenada de maneira inequívoca, independentemente de sua origem.
Qualquer tentativa de instrumentalizar esse preconceito para servir a agendas políticas específicas é não apenas inaceitável, mas também perigosa, pois desvia o foco da luta contra o ódio, enfraquece a democracia e pouco protege judeus e qualquer outra minoria.
É lamentável observar setores institucionais judaicos, como a Conib, que deveriam zelar pela segurança e dignidade dos judeus, permanecerem em silêncio ou até negarem manifestações antissemitas e neonazistas quando estas provêm de figuras como Elon Musk ou políticos de direita, em um claro alinhamento com o poder.
Essa omissão enfraquece a luta contra o antissemitismo, pois demonstra que a denúncia do ódio é seletiva e pautada por conveniências políticas.
O antissemitismo, o neonazismo e qualquer forma de discriminação não deve jamais ser adjetivado ou relativizado.
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