O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Coca-Cola passará a adoçar o refrigerante vendido no país com açúcar de cana, substituindo o tradicional xarope de milho com alto teor de frutose.
O anúncio foi feito por Trump em suas redes sociais na quarta-feira (16), após uma conversa com representantes da empresa. Segundo ele, essa mudança seria uma “boa iniciativa” e prometeu: “Vocês vão ver. É simplesmente melhor”.
A decisão repercutiu imediatamente no setor agrícola e na indústria alimentícia, principalmente porque o xarope de milho é um produto amplamente utilizado nos Estados Unidos, sobretudo em regiões como Illinois, Iowa e Nebraska, que são grandes produtores e onde Trump tem forte apoio político. Ainda não há detalhes sobre como a Coca-Cola pretende obter o grande volume de açúcar de cana necessário ou se o novo produto substituirá totalmente o atual.
Em nota, a Coca-Cola agradeceu o interesse do presidente e informou que novidades sobre a sua linha de produtos serão divulgadas em breve. A empresa já utilizava açúcar de cana em seus refrigerantes vendidos nos EUA até a década de 1980, prática que continua em países como o México, onde a “Coca mexicana” é famosa entre consumidores americanos.
O anúncio de Trump acontece no momento em que o secretário de saúde do governo, Robert F. Kennedy, adota medidas mais rigorosas contra alimentos ultraprocessados e reforça críticas ao uso do xarope de milho e do açúcar em geral.
As declarações do presidente também provocaram impactos no mercado financeiro: as ações das processadoras de milho Archer Daniels Midland e Ingredion tiveram queda expressiva após o comunicado. Já as ações da Coca-Cola permaneceram estáveis.
