De amarelo, o soldado Luan Felipe teve a prisão confirmada na última sexta-feira. Foto: reprodução

O soldado Luan Felipe Alves Pereira, de 29 anos, preso por jogar um homem de uma ponte em São Paulo, no início de dezembro, teve sua prisão preventiva mantida na última quinta-feira (5) durante audiência de custódia. Em resposta, a defesa do policial militar, representada pelos advogados Raul Marcolino e Wanderley Alves, argumenta que a prisão é desnecessária, citando que o PM já estaria sendo punido e penalizado dentro do sistema.

O caso, que ganhou repercussão após a divulgação de um vídeo mostrando a ação, gerou uma crise na cúpula de segurança do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), liderada pelo ex-integrante da Rota, Guilherme Derrite.

Segundo a defesa, a decisão pela manutenção da prisão foi tomada com base no clamor público e nas questões de hierarquia. “No nosso entender, na verdade, é desnecessária a prisão dele. Nós ressaltamos isso, inclusive, porque é praça. É soldado da Polícia Militar. Portanto, uma classe, em tese, vista como inferior”, argumentaram os advogados.

A acusação contra o policial envolve a prática de lesão corporal, mas os advogados ressaltam que, caso a acusação fosse apenas por lesão, ele não permaneceria preso. Marcolino ainda destacou que o soldado estava cumprindo expediente na Corregedoria da PM, conforme orientação interna.

Durante a audiência, o advogado afirmou que os policiais militares, em situações como a de Pereira, não recebem o amparo jurídico adequado. Ele criticou o tratamento dado aos PMs em momentos de crise e mencionou que, muitas vezes, a sociedade aplaude as ações de policiais quando elas são bem-sucedidas, mas pune severamente quando algo dá errado.

Além disso, Marcolino declarou que a defesa continuará a apoiar o soldado, mesmo sem cobrar pelo trabalho, e que a Associação dos Praças da Polícia Militar de São Paulo irá agir em favor de Pereira.

“Nossa associação não vai deixá-lo sozinho, independentemente do que ele tenha feito, porque inclusive é nesses momentos que o policial militar precisa da defesa, de defesa técnica, de advogado, e ressalto, o Estado não confere isso a ele”, disseram.

Em relação ao futuro do caso, a defesa anunciou a intenção de impetrar um habeas corpus, argumentando que a decisão judicial representa uma antecipação de pena, considerando que o policial já colaborava com as investigações e cumpria funções na Corregedoria.

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Last Update: 07/12/2024