Pelo menos 40 palestinos foram mortos em ataques em Gaza; Tropas israelenses abriram fogo contra inocentes famintos perto de centro de distribuição


Um dia de esperança transformou-se em tragédia para milhares de famílias em Gaza nesta sexta-feira (27). Segundo fontes palestinas à Xinhua, pelo menos 40 pessoas foram mortas por disparos e bombardeios israelenses em diferentes regiões do território. Entre as vítimas, estavam civis que aguardavam a distribuição de alimentos em meio à crise humanitária que assola a região.

Testemunhas relataram que forças israelenses abriram fogo contra uma multidão de civis que esperava por ajuda humanitária próximo a um centro de distribuição de alimentos apoiado pelos Estados Unidos, ao norte de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. De acordo com médicos do Hospital Nasser, em Khan Younis, sete palestinos morreram no ataque, e dezenas ficaram feridos, alguns em estado grave.

O horror se repetiu em outra localidade. O Hospital al-Awda, em Nuseirat, no centro de Gaza, informou que uma pessoa foi morta e 39 ficaram feridas após o exército israelense atirar contra civis que também aguardavam por auxílio alimentar.

Além disso, Mahmoud Basal, porta-voz da Defesa Civil em Gaza, confirmou pelo menos 32 mortes em diferentes partes do enclave devido a ataques aéreos e bombardeios israelenses. Até o momento, não houve comentário oficial das forças israelenses sobre os incidentes.

Em meio à comoção, o grupo Hamas fez um apelo às Nações Unidas para que forme um comitê internacional independente para investigar os ataques contra civis palestinos em frente aos centros de distribuição de ajuda. Em comunicado, a facção classificou o ocorrido como “um crime flagrante e mais uma prova da brutalidade da ocupação (Israel) e de seus líderes”, exigindo ainda a retomada urgente da distribuição de alimentos liderada pela ONU e por organizações humanitárias.

A situação em Gaza, que já enfrenta escassez de alimentos, água e medicamentos, piorou significativamente desde o dia 18 de março, quando Israel retomou as operações militares no território. Segundo autoridades de saúde locais, pelo menos 6.008 palestinos foram mortos e 20.591 ficaram feridos desde o reinício dos bombardeios intensivos. Os números elevam o balanço total desde outubro de 2023 para 56.331 mortos e 132.632 feridos.

Nas últimas semanas, relatos de civis baleados enquanto esperavam por comida em diferentes pontos de Gaza têm se multiplicado, gerando indignação internacional. Com mais de 2 milhões de pessoas vivendo sob condições extremas, a comunidade global acompanha com preocupação o agravamento de uma das maiores crises humanitárias deste século.

Enquanto famílias choram seus mortos e hospitais superlotados lutam para salvar feridos, a pergunta que ecoa entre os palestinos é: Até quando?

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Last Update: 27/06/2025