Ciro Gomes demonstrou publicamente seu incômodo com a substituição de Carlos Lupi por Wolney Queiroz no Ministério da Previdência. Ao comentar uma postagem oficial do PDT nas redes sociais, classificou a mudança como uma “indignidade inexplicável” e disse sentir-se “muito envergonhado”.
Esses comentários configuram um ataque direto ao próprio partido e sobretudo ao novo ministro, Wolney Queiroz. Ao agir assim, Ciro produz, mais uma vez, adversários internos os quais, agora em cargos estratégicos no governo federal, terão que se mobilizar para neutralizar Ciro Gomes e defender o novo ministro do PDT.
A atitude de Ciro Gomes reforça um comportamento frequente em sua trajetória política: criar inimigos contra si mesmo e tomar atitudes que prejudicam diretamente sua posição dentro do campo progressista e mesmo dentro do próprio partido.
A saída de Lupi ocorreu após desgaste provocado por uma investigação da Polícia Federal sobre descontos indevidos em aposentadorias, somando prejuízos de até R\$ 6,3 bilhões. Embora não fosse diretamente acusado, a situação se tornou insustentável após o presidente Lula substituir o diretor do INSS indicado por Lupi, tornando inevitável sua saída do ministério.
Wolney já havia desagradado Ciro anteriormente ao não apoiar sua candidatura presidencial em 2022, preferindo se aproximar do PT e integrar a equipe de transição do governo Lula.
Apesar de Ciro afirmar que não disputará mais a presidência, ele segue ativo politicamente. Suas mais recentes façanhas foram implodir o PDT do Ceará, brigar com seus irmãos e xingar uma senadora da república de prostituta.
O PDT cearense perdeu a maior parte de seus prefeitos e deputados estaduais, que migraram para outras legendas para ficarem o mais distante possível de Ciro Gomes. Seu irmão, Cid Gomes, tratado por Ciro como “traidor”, tornou-se o mais importante líder do PSB no estado. E a senadora petista atacada por Ciro elegeu-se, em 2024, prefeita de Crateús no primeiro turno.
