Cientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, descobriram quando a Terra terá sua próxima extinção em massa por meio de estudos de um supercomputador que simula condições futuras do planeta. Segundo a pesquisa, os extremos climáticos vão se intensificar após os continentes se fundirem e se transformarem em um “supercontinente”.
Essa fusão dos continentes, chamada “Pangea Ultima”, terá uma condição climática e seca, o que tornará grande parte do território inabitável. Essa condição é um dos reflexos do aquecimento global e a estimativa do nível do dióxido de carbono foi feita a partir de modelos de movimento de placas tectônicas, química oceânica e biologia.
A previsão dos cientistas é que o “supercontinente” se forme nos próximos 250 milhões de anos, desencadeando esses efeitos extremos. Além das condições, é esperado que o planeta tenha constantes e fortes erupções vulcânicas.
O nível de CO₂ pode atingir o dobro do atual, que já é considerado alto, ao mesmo tempo em que o Sol emitirá 2,5% a mais de radiação. Todas essas condições, somadas, devem transformar a Terra em um ambiente hostil, sem fontes de alimento e água para mamíferos.
A impossibilidade de sobrevivência se dá também por conta das temperaturas, que devem ficar entre 40ºC e 70ºC, junto de altos níveis de umidade. Os humanos sobreviveram ao longo da história por conta de sua capacidade de adaptação a extremos climáticos, o que não seria possível nessas condições.
A pesquisa foi publicada na revista Nature Geoscience. “O panorama no futuro distante parece muito sombrio”, afirma Alexander Farnsworth, um dos autores e pesquisador sênior associado da Universidade de Bristol.
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