O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) comemora, neste mês, quatro décadas de atuação, consolidando-se como protagonista no avanço científico e tecnológico do Brasil. Criado em 15 de março de 1985, durante o período de redemocratização, o ministério tem desempenhado papel estratégico na formulação de políticas públicas que impulsionam a pesquisa nacional, a inovação na indústria e o desenvolvimento sustentável.
O papel do MCTI e os desafios enfrentados
Desde sua fundação, o MCTI enfrentou períodos de instabilidade institucional e restrição orçamentária. Ainda assim, consolidou o Brasil como referência em diversas áreas do conhecimento. Atualmente, sua ação transversal integra a agenda do governo federal, atuando no combate à fome, na nova política de industrialização, na transição energética e na promoção da transformação digital.
Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ciência e a tecnologia são fundamentais para o desenvolvimento do país. “Somos uma nação muito grande. Temos desafios demais. E não podemos nunca acreditar que teremos alguma chance de futuro sem a ciência e os cientistas. Foi por meio da ciência que conseguimos nossos maiores feitos, que transcendem a academia e os laboratórios”, afirmou o presidente.
Trajetória e consolidação
O MCTI surgiu em um contexto no qual o Brasil já contava com importantes instituições de fomento à ciência e tecnologia, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A criação do ministério atendeu à necessidade de um órgão centralizador das políticas científicas e tecnológicas.
A trajetória do MCTI, no entanto, foi marcada por diversas reformulações. Em 1989, foi incorporado pelo Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio. Em 1992, voltou a ter status de ministério independente. Em 2016, durante o governo Michel Temer, foi fundido ao Ministério das Comunicações, tornando-se MCTIC. A separação definitiva ocorreu em 2020.
Investimentos e perspectivas futuras
Nos últimos anos, o MCTI tem ampliado investimentos em setores estratégicos, impulsionado pela transformação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em fundo financeiro. Essa mudança permitiu a recomposição de recursos e o fortalecimento da infraestrutura de pesquisa no país.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a relevância do ministério na construção do futuro do Brasil. “A criação do ministério é um marco importante no desenvolvimento de políticas públicas nessa área tão estruturante, sobretudo em tempos de disputa pelo domínio tecnológico. Se hoje podemos dizer que ciência, tecnologia e inovação são pilares do nosso desenvolvimento, isso se deve muito ao trabalho do MCTI, articulado com a academia, com o setor produtivo e a sociedade”, afirmou.
Nas redes sociais, Luciana reforçou o compromisso da pasta: “Tenho a alegria de estar ao lado de servidores, pesquisadores e gestores que fazem essa história positiva, impulsionando a inovação, a pesquisa e o desenvolvimento do nosso país. Ciência e tecnologia são sinônimos de soberania, e nosso compromisso é garantir que esse ministério siga cada vez mais forte e estratégico para o futuro do Brasil.”
No marco das celebrações, um Grupo de Trabalho (GT) está organizando um calendário de eventos ao longo do ano. Entre as iniciativas recentes do MCTI estão o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), o projeto do Laboratório de Máxima Contenção Biológica (Orion) e do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), além de programas de capacitação e promoção da diversidade na ciência.
Aos 40 anos, o MCTI reafirma seu papel como pilar do desenvolvimento nacional, investindo em inovação e pesquisa para enfrentar os desafios do futuro e consolidar o Brasil como protagonista no cenário global da ciência e tecnologia.