Os Estados Unidos suspenderam temporariamente o envio de armas e o suporte de inteligência à Ucrânia, conforme informou John Ratcliffe, diretor da CIA.
A medida foi adotada após um confronto entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o ex-presidente Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca, ocorrido na última sexta-feira, 28.
Durante entrevista à jornalista Maria Bartiromo da Fox Business, na quarta-feira, 5, Ratcliffe explicou que a decisão surgiu devido a dúvidas expressas por Trump sobre o compromisso de Zelensky com o processo de paz.
“Trump tinha uma dúvida real sobre se o presidente Zelensky estava comprometido com o processo de paz, e ele disse: vamos fazer uma pausa”, afirmou Ratcliffe, de acordo com a CNN.
A interrupção das operações foi definida como uma medida temporária, com o intuito de dar tempo para que o governo dos Estados Unidos refletisse sobre a situação.
Ratcliffe comentou ainda que a suspensão do apoio visa avaliar a postura de Zelensky. “Quero dar uma chance para pensar sobre isso, e você viu a resposta que o presidente Zelensky deu”, disse o diretor da CIA.
Segundo Ratcliffe, o governo dos EUA espera que a situação seja revista em breve, destacando que o presidente ucraniano havia enviado uma carta a Trump reforçando seu comprometimento com as negociações de paz.
O diretor da CIA também indicou que os Estados Unidos continuarão a trabalhar com a Ucrânia para enfrentar a agressão no país e impulsionar as negociações de paz.
“Acho que trabalharemos ombro a ombro com a Ucrânia, pois temos que repelir a agressão que está lá, colocar o mundo em um lugar melhor para que essas negociações de paz avancem”, afirmou Ratcliffe.
A interrupção do envio de armas e apoio de inteligência gerou especulações sobre os desdobramentos da relação entre os dois países, principalmente diante do cenário de tensões entre a Ucrânia e as forças russas. A suspensão pode impactar diretamente os esforços de defesa da Ucrânia em meio ao conflito em andamento.
A medida, embora temporária, levanta questões sobre a estratégia dos Estados Unidos em relação à Ucrânia, e a postura do presidente Trump pode refletir um ponto de inflexão nas políticas de apoio a Kiev.
A resposta de Zelensky e as ações subsequentes podem determinar a continuidade ou revisão da decisão, que segue sendo um ponto de atenção para observadores internacionais e aliados da Ucrânia.
A situação permanece em desenvolvimento, e mais detalhes podem surgir conforme as negociações de paz e a dinâmica internacional se desenrolam.