Na última segunda-feira (16), o povo gaúcho enfrenta a ameaça iminente de um novo transbordamento do rio Guaíba, com chuvas previstas para acumular até 300 mm nesta semana, segundo a empresa de meteorologia MetSul. Porto Alegre pode sofrer alagamentos a partir da terça-feira (17), enquanto rios como Jacuí, Caí, Taquari e Uruguai também correm risco de cheias. A tragédia anunciada não é obra da natureza, mas um crime político do governo neoliberal do Rio Grande do Sul, chefiado pelo identitário Eduardo Leite (PSD) que destruiu a infraestrutura de contenção de enchentes construída nos anos 1950 por falta de manutenção, priorizando a entrega de recursos públicos aos bancos.
A política de destruição orquestrada por governos alinhados aos interesses dos banqueiros, deixou o estado indefeso contra deslizamentos, alagamentos e cheias. O sistema de diques e canais, projetado para proteger Porto Alegre e cidades ribeirinhas, foi abandonado em nome do arrocho fiscal e da privatização.
Em maio de 2024, enchentes devastaram o estado, matando centenas e desalojando milhares, mas o governo estadual, subserviente ao capital financeiro, nada fez para recuperar a infraestrutura. A Defesa Civil agora monitora as bacias hidrográficas, enquanto prefeituras improvisam barreiras frágeis, incapazes de conter a fúria das águas. O povo gaúcho paga com sofrimento o preço da rapina neoliberal, que entrega o orçamento público aos lucros dos bancos em vez de proteger vidas.