
A América Latina se tornou uma zona de disputa entre potências internacionais, como Estados Unidos e China. Além dos países, a União Europeia também tem interesse na região e o plano para recuperar influência já aparece em planos oficiais de Estado.
Um informe técnico de 2025 elaborado para discussão no Parlamento Europeu, obtido pela coluna de Jamil Chade no UOL, aponta que “a região tem importância estratégia para o futuro da economia global devido à sua abundância de recursos e matérias-primas essenciais, como o lítio e o cobre”.
A maior preocupação da UE é o avanço da China e dos Estados Unidos na região. “Em apenas duas décadas, a China passou de um ator insignificante a uma força dominante na América Latina, ao lado dos EUA e da União Europeia. As previsões sugerem que, até 2035, a China poderá até mesmo ultrapassar os EUA como o parceiro comercial mais importante da América Latina”, diz o documento.
O relatório também aponta que a China tem fortalecido suas relações políticas com países por meio do fórum da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). Xi Jinping, presidente do país, fez sua sexta visita à região em 2024.
“Isso resultou na assinatura de 37 atos internacionais em áreas como comércio, investimento, energia, mineração e finanças”, aponta o relatório, citando negociações, acordos e inauguração de obras entre a China o Peru e o Brasil.

Segundo o informe, a UE e os Estados Unidos “negligenciaram a América Latina por muito tempo”. O país governado por Donald Trump, no entanto, deve ter uma postura mais agressiva contra a região e pode fortificar a posição da China.
“Além do fato de o governo dos EUA ter obtido alguns possíveis sucessos de curto prazo na limitação da influência do país asiático, as indicações são de que a relação da China com a América Latina continuará a crescer”, prossegue.
A estratégia da UE é expandir suas relações comerciais com os países da região, se apresentando como “alternativa mutuamente benéfica, sustentável e mais atraente” do que Estados Unidos e China. Isso deve ocorrer por meio do acordo com o Mercosul.
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