Na quarta-feira (31), o Conselho de Segurança da ONU (CSNU) se reuniu para discutir o assassinato de Ismail Hanié pelo Estado de “Israel”, que ocorreu na madrugada do mesmo dia.
O embaixador da China na ONU, Fu Cong, declarou: “A China está profundamente preocupada com a exacerbação da turbulência na região que este incidente pode desencadear.”
Amar Bendjama, da Argélia, destacou: “Estamos à beira de uma catástrofe”. “Isso não é meramente um ataque a um homem. É um ataque vil aos próprios fundamentos das relações diplomáticas, à santidade da soberania estatal e aos princípios que sustentam nossa ordem global”, acrescentou.
A Rússia também condenou o assassinato, com seu primeiro vice-representante permanente na ONU, Dmitri Polianskoi, enfatizando que as consequências do ataque são “perigosas” para toda a região.
“Este é um golpe sério, principalmente para as negociações de mediação entre Hamas e Israel focadas em um cessar-fogo na Faixa de Gaza, e Ismail Hanié era um participante direto disso. Todos devemos entender isso”, ele enfatizou.
Destacou que: “A prática hedionda de assassinatos seletivos de figuras políticas e militares de alto perfil está levando o Oriente Médio à beira de uma guerra regional”.
Polianski também pediu a todas as partes que evitem uma guerra regional em larga escala, reiterando a necessidade da implementação completa e abrangente da Resolução 1701 do CSNU. A resolução, que intermediou um cessar-fogo na guerra que Israel lançou contra o Líbano em 2006, pede que o regime israelense respeite a soberania e a integridade territorial do Líbano.
Feda Abdelhadi Nasser, observador permanente adjunta do Estado da Palestina na ONU, também disse ao conselho que “‘Israel’ tem sido o opressor, tormentador e assassino de palestinos há décadas, e é o desestabilizador de longa data de nossa região”.
“Exigimos responsabilização pelo assassinato de Ismail Hanié por Israel, assim como exigimos continuamente responsabilização pelo assassinato e ferimento deliberado de mais de 130.000 crianças, mulheres e homens palestinos ao longo desses últimos 300 dias de horror e inferno em Gaza”, enfatizou.