Foreign Ministry: China not to flinch when trade, tariff war comes - CGTN
Lin Jian: porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China defendeu a atuação do país asiático na América Latina e rebateu as críticas feitas pelo governo Trump. Foto: Reprodução

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, defendeu, na última segunda-feira (14), a atuação do país na América Latina e rebateu duramente as críticas feitas por autoridades dos Estados Unidos.

A resposta veio após o secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, se referir à região como um “quintal” que deveria ser recuperado pelos EUA. Hegseth acusou a China de dominar a América Latina e afirmou que o governo de Donald Trump quer retomar a influência norte-americana sobre os países latino-americanos.

Jian rejeitou as acusações de que a presença da China na região teria motivações geopolíticas ocultas e reafirmou que os laços com os países latino-americanos são pautados por “benefício mútuo”. “A China está comprometida com a igualdade e o benefício mútuo em suas relações com esses países e nunca buscará uma esfera de influência ou atacará terceiros”, declarou.

Ele destacou que a parceria entre Pequim e os países da América Latina e do Caribe faz parte da lógica da cooperação Sul-Sul, baseada no respeito, no desenvolvimento conjunto e na autonomia dos países envolvidos.

O porta-voz também fez críticas diretas aos EUA, classificando as falas recentes de Washington como “imbuídas de preconceito ideológico e de uma mentalidade de Guerra Fria”. “Os Estados Unidos continuam a difamar a China e a espalhar a chamada ‘ameaça chinesa’ para inventar um pretexto que justifique seu controle sobre os países da região latino-americana”, disse.

Em tom irônico, o diplomata questionou: “Quem vê a América Latina e o Caribe como um quintal e impõe a eles a ‘Doutrina Neo-Monroe’?” — uma referência à doutrina dos EUA do século XIX, utilizada para respaldar intervenções norte-americanas na América Latina.

Segundo Jian, mesmo com os esforços dos EUA para conter o avanço chinês, o modelo de cooperação oferecido por Pequim tem sido bem aceito pelos países latino-americanos por respeitar sua soberania e estimular o desenvolvimento de forma equilibrada. “Não há uma única palavra de verdade nas acusações dos EUA […] mas nunca conseguirão”, concluiu.

O chanceler chinês, Wang Yi, também se pronunciou na segunda-feira (14), reforçando que os países da América Latina “não são quintal de ninguém”. A declaração foi divulgada pela Embaixada da China no Brasil nas redes sociais. “O que os povos latino-americanos querem é construir seu próprio lar, não ser o quintal de ninguém”, afirmou.

A troca de declarações acontece em meio à intensificação da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Nas últimas semanas, o governo Trump elevou tarifas sobre produtos chineses, e Pequim respondeu na mesma medida.

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Last Update: 15/04/2025