Foi anunciado nesta quarta-feira (5), uma nova medida para que a taxa de natalidade da China seja aumentada.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que justificou que a implementação de novas políticas e subsídios pode resolver o problema demográfico, devido à drástica diminuição da população nos últimos três anos.
De acordo com a declaração feita logo na abertura da sessão plenária anual da Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão legislativo chinês, Qiang afirmou que o governo pretende “oferecer subsídios para os cuidados infantis”. Isso ocorre porque, atualmente, a educação dos filhos no país é um dos principais obstáculos para os casais.
“Vamos desenvolver serviços integrados de cuidados infantis e jardins de infância (…) a oferta de serviços inclusivos de cuidados infantis vai aumentar”, declarou o primeiro-ministro.
Outras propostas em consideração incluem: ampliação da cobertura de seguro para técnicas de reprodução assistida; prolongamento da licença-paternidade; redução da idade legal para casamento para 18 anos (atualmente, 22 para homens e 20 para mulheres); e o fim das restrições ao número de filhos, limitadas a três desde 2021.
Durante a leitura de seu relatório na APN, Li Qiang afirmou que almeja alcançar uma nova meta no crescimento econômico da China para este ano, segundo ele, de “cerca de 5%”.
Qiang ressaltou ainda que não deixará de pensar na importância e de “promover serviços de apoio comunitário ao domicílio” para idosos e de “reforçar os cuidados para os dependentes”.
Declínio na taxa de natalidade
De acordo com o portal da Agência Brasil, nos últimos três anos (2022, 2023 e 2024), a China registrou uma grande queda na população – sendo tão preocupante quanto o declínio de 1961, ano em que o número de habitantes diminuiu em consequência do fracasso da política de industrialização e da fome.
Em 2024, a China registrou 9,54 milhões de nascimentos, apenas um pouco acima do número alcançado em 2023, com 9,02 milhões, sendo considerado o resultado mais baixo desde 1949.
