As tarifas impostas por Donald Trump não chegaram a afetar as negociações chinesas, ao ponto de autoridades minimizarem o risco de prejuízos às exportações em meio aos sinais de recuo nas restrições a itens eletroeletrônicos.
As autoridades prometeram manter seu posicionamento: além de retaliar as tarifas de Washington com taxas de 125% sobre as importações dos EUA, contra um total de 145% de impostos de fronteira dos EUA sobre mercadorias que transitam na direção oposta.
Relatório alfandegário elaborado pelas autoridades chinesas também destacaram a força do mercado doméstico, ao ressaltar que o país “transformará a segurança interna em um amortecedor contra a volatilidade global”.
Segundo o jornal britânico The Guardian, as ações das principais empresas de tecnologia buscavam por um direcionamento em meio à confusão gerada pelo governo Trump em relação às importações do país, incluindo smartphones e semicondutores.
Apesar da informação de que tais itens e componentes eletrônicos estavam isentos da tarifação imposta neste mês, Trump e seus assessores alertaram que esse quadro não deve se manter por muito tempo.
Enquanto isso, Trump falou à imprensa na Casa Branca que sua estratégia estava funcionando, com o país registrando níveis recordes de investimento – embora mantivesse as ameaças de tarifas sobre produtos farmacêuticos.
Ao mesmo tempo, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Kevin Hassett, rebateu as declarações de que uma recessão poderia se instalar no país ainda em 2025.
A tributação imposta por Trump no início deste mês causou turbulência nos mercados pelo mundo e, desde então, o presidente norte-americano recuou de maneira parcial nas taxas mais altas sobre a maioria dos parceiros comerciais por pelo menos 90 dias, mas intensificou sua disputa com a China.