China impõe sanções a empresas e executivos dos EUA por vendas de armas a Taiwan.
Entrada de executivos seniores na China proibida, propriedades serão congeladas.
China anunciou sanções a seis empresas de defesa dos EUA e vários executivos após a decisão dos EUA de vender armas a Taiwan, conforme anunciou o Ministério das Relações Exteriores da China nesta sexta-feira. A informação foi confirmada hoje pela Bloomberg.
Pequim condenou as vendas de armas dos EUA a Taiwan como uma grave interferência em seus assuntos internos e uma violação de sua soberania e integridade territorial.
A China considera a ação dos EUA uma violação do princípio de uma só China e dos Três Comunicados Conjuntos entre os Estados Unidos e a China, de acordo com a declaração do ministério.
“A China decidiu tomar medidas contra as seguintes empresas militares-industriais dos EUA e seus executivos seniores”, disse o ministério. Pequim congelará, a partir desta sexta-feira, bens móveis, imóveis e de outros tipos das empresas americanas, como Anduril Corporation, Maritime Tactical Systems e Pacific Rim Defense.
Decidiu congelar as propriedades de alguns executivos seniores e negar vistos e entrada no território da China, incluindo Hong Kong e Macau, segundo o comunicado.
Pequim também proibiu organizações e indivíduos de realizar transações, cooperação e outras atividades com entidades sancionadas dentro do território da China.
As sanções ocorrem em meio a crescentes tensões entre a China e os EUA sobre Taiwan. A China já havia sancionado outras empresas de defesa dos EUA, como Lockheed Martin e Raytheon, por razões semelhantes.
Os EUA aprovaram uma nova venda de armas para Taiwan em 18 de junho, marcando a 16ª venda de armas para Taipei por Washington desde que Joe Biden assumiu o cargo em 2021.