A Marinha chinesa expulsou nesta quarta-feira (13) o destróier norte-americano USS Higgins (DDG-76) das águas territoriais próximas a Huangyan Dao, conhecido no Ocidente como Atol de Scarborough, no sudeste asiático.
Segundo o porta-voz do comando, capitão sênior He Tiecheng, a embarcação entrou na área “sem autorização do governo chinês” e foi rastreada, monitorada, advertida e expulsa “em conformidade com as leis e regulamentos”.
Pequim acusa Washington de “violar gravemente a soberania e a segurança da China” e de “prejudicar a paz e a estabilidade regionais”, reiterando que suas forças navais permanecem em alerta máximo para defender, “de forma resoluta”, os direitos e a integridade territorial chinesa.
O episódio com o USS Higgins se insere em um cenário de escalada nas provocações de Manila, que atua como principal aliada de Washington no sudeste asiático.
A região de Huangyan Dao é alvo de disputas há anos e, sob a cobertura política e militar dos EUA, o governo filipino tem ampliado manobras de confronto com a China, enviando embarcações da guarda costeira e promovendo bloqueios e intercepções em áreas reivindicadas por Pequim.
O comportamento mantém a tensão elevada e serve aos interesses estratégicos de Washington de cercar a China e justificar presença militar constante na região.
Expansão militar norte-americana e risco de confronto direto
Nos últimos anos, as Filipinas aprofundaram sua dependência militar dos EUA, autorizando a instalação de sistemas avançados de mísseis e drones no arquipélago e realizando operações conjuntas em áreas sensíveis do Mar do Sul da China.
Além disso, Manila tem buscado aproximação com Taipé, o que afronta a posição chinesa de considerar Taiwan parte inseparável do seu território.
A aliança militar renovada reforça a tentativa de cerco estratégico dos EUA contra a China e aumenta o risco de incidentes marítimos deliberados, criando focos permanentes de instabilidade em uma das rotas comerciais mais importantes do mundo.
A expulsão do destróier norte-americano ocorre dias após um novo episódio de atrito próximo a Huangyan Dao, quando autoridades filipinas alegaram colisão entre uma embarcações da marinha chinesa durante perseguição a um barco filipino.
Embora Pequim não tenha confirmado a colisão, reafirmou que suas forças agiram dentro da legalidade e de forma profissional para proteger sua soberania.
O incidente é parte de uma série de confrontos navais que se repetem na região, resultado direto da política filipina de alinhamento incondicional a Washington e de sua disposição em servir de base operacional para ações militares contra a China.