Bandeira da China em Pequim. Foto: Jason Lee/Reuters

A China lidera 57 das 64 tecnologias consideradas essenciais para o desenvolvimento global no século XXI, de acordo com um estudo do Australian Strategic Policy Institute (ASPI), entidade especializada em estudos estratégicos do governo australiano.

A pesquisa analisou algumas das inovações cruciais e quais países estão liderando o desenvolvimento delas, como inteligência artificial, baterias elétricas e computação de alta performance.

Há 20 anos, a China liderava em apenas três dessas áreas. Já os Estados Unidos, dominam sete dessas tecnologias. Em 2004, os norte-americanos eram os melhores em 60 áreas tecnológicas.

“Desde 2004, a China mostra um crescimento gradual, mas consistente em seu desenvolvimento tecnológico. O país asiático deixou uma posição intermediária em termos de pesquisa científica para se tornar uma usina de novos conhecimentos”, aponta o relatório.

Trabalhadores na linha de produção de componentes eletrônicos da Jiangsu Baopulai, em Suqian, leste da China. Foto: CFOTO/Future Publishing via Getty Images

“No meio dos anos 2010, a China liderava em 28 campos tecnológicos e hoje é a ponteira em 56 áreas. Na última década, Pequim avançou em computação de alta performance, IA, design e fabricação de circuitos integrados e em sistemas de automação”, acrescentou.

Segundo o estudo da ASPI, “a China construiu possíveis monopólios em muitas áreas do conhecimento por conta da força de suas instituições acadêmicas e pelo volume de produção científica”. A produção científica chinesa é de três a cinco vezes maior que a dos EUA.

O think tank australiano ressalta como o desenvolvimento científico e tecnológico dos EUA “está ancorado nas big techs”. A IBM lidera em computação quântica e o Google lidera em processamento de linguagem natural, por exemplo.

Já no caso chinês, o setor privado desempenha “um papel bem menor no desenvolvimento tecnológico do país”, com a pesquisa sendo puxada pela Academia Chinesa de Ciências – líder em 31 dessas 64 tecnologias avaliadas. O think tank também menciona a menor diversidade de competidores privados no desenvolvimento dos EUA em relação a 2014.

Com orçamento de US$ 24 bilhões em 2023 e 69 mil empregados, a Academia Chinesa de Ciências se espalha em diversas marcas, laboratórios e institutos. Computação, armas nucleares e mísseis são alguns dos interesses da ACC. Mais de 2200 empresas surgiram das descobertas científicas do órgão chinês – a mais famosa delas é a fabricante de notebooks Lenovo.

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Last Update: 06/02/2025