
A China e o Canadá reagiram às novas tarifas impostas pelos Estados Unidos com medidas de retaliação econômica. Pequim anunciou nesta terça-feira (4) que aplicará taxas adicionais de 10% a 15% sobre importações de alimentos americanos, incluindo soja, trigo, carne bovina e suína. Já o Canadá confirmou a aplicação de um imposto de 25% sobre US$ 155 bilhões em produtos dos EUA, em resposta às medidas anunciadas por Donald Trump.
O presidente americano justificou as tarifas alegando que a China não tem combatido o tráfico de fentanil e que Canadá e México permitem a entrada descontrolada de imigrantes e drogas nos EUA. “As tarifas, vocês sabem, estão todas definidas. Elas entram em vigor amanhã”, afirmou Trump, frustrando expectativas de negociação com os países afetados.
A decisão de Trump prevê uma tarifa de 25% sobre todas as importações canadenses e mexicanas, exceto energia do Canadá, que será taxada em 10%. Para a China, a taxa subirá de 10% para 20%. Essas medidas impactam um volume de importações de aproximadamente US$ 1,5 trilhão, tornando-se uma das ações comerciais mais agressivas de seu governo.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, criticou as medidas e afirmou que o Canadá não aceitará sanções unilaterais. “Nada justifica essas tarifas”, declarou.

A China, por sua vez, acusou os EUA de violar regras da Organização Mundial do Comércio e prometeu proteger seus interesses. O Ministério do Comércio chinês afirmou que as medidas de retaliação começarão a valer a partir de 10 de março.
Os mercados reagiram imediatamente. O S&P 500 caiu 1,75%, enquanto o Nasdaq recuou 2,64% e o Dow Jones perdeu 1,47%. Empresas diretamente afetadas, como a fabricante de chips Nvidia, registraram quedas expressivas. O governo chinês indicou que pode expandir as sanções caso os EUA avancem com novos impostos.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line