A China anunciou, nesta terça-feira (24), que durante desfile militar no dia 3 de setembro — em comemoração aos 80 anos da vitória contra o Japão na Segunda Guerra Mundial — será apresentado o novo arsenal de guerra do país, formado, entre outros equipamentos, por armas autônomas (sem comando humano presencial) e inteligentes.
O conjunto também é formado por veículos não tripulados, subaquáticos, cibernéticos, eletrônicos e hipersônicos, além de armas e equipamentos tradicionais.
Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, todos foram produzidos no país, já estão em serviço e refletem “a forte capacidade dos militares chineses de evoluir de acordo com os avanços da ciência e tecnologia”.
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“Os armamentos e equipamentos são todos de fabricação nacional e apresentam maior precisão de ataque, maior adaptabilidade ao campo de batalha e maior eficácia em combate”, explicou à agência Wu Zeke, oficial sênior do Departamento de Estado-Maior Conjunto da Comissão Militar Central.
As armas e equipamentos a serem exibidos no desfile formam o que, em coletiva de imprensa, membros do governo chinês classificaram como um “sistema abrangente”, englobando não apenas “forças de ataque estratégicas”, mas também “equipamentos operacionais e táticos avançados”, projetados para lidar com novos paradigmas de guerra que possam surgir.
Além disso, esses equipamentos incluem características avançadas de comando e controle, reconhecimento e alerta precoce, defesa aérea e interceptação de mísseis, ataque com poder de fogo e apoio integrado.
O desfile militar — que será na Praça Tian’anmen, em Pequim — também terá a participação de tropas que estiveram em missões de paz.
Segundo a Xinhua, o foco do evento será não apenas a comemoração da vitória em 1945, mas também a demonstração da “responsabilidade da China no cumprimento de suas obrigações internacionais e na manutenção da paz mundial”.
Song Zhongping, especialista chinês em assuntos militares, em declaração ao site Global Times, agregou que o desfile militar “mostrará o compromisso da China em manter a ordem internacional do pós-guerra e sua oposição resoluta a qualquer ressurgimento do fascismo no cenário global”.