Neste último dia 28, a campanha de BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) divulgou um manifesto dirigido ao presidente Lula pedindo a ruptura de relações comerciais e diplomáticas com o Estado de Israel devido ao genocídio em curso na Palestina.

Desde o dia 2 de fevereiro, Israel impede o ingresso de ajuda humanitária: alimentos, remédios, água potável, combustíveis. Desde o dia 18 de fevereiro, o exército israelense bombardeia alvos civis, principalmente escolas e hospitais, assassinando dezenas de pessoas todo dia – a maioria de crianças e mulheres. 

Além disso, expulsa a população palestina de um lado para outro, obrigando a deslocamento diários. Há dois dias, o Estado de Israel permitiu um ingresso ínfimo de ajuda através de uma ONG sionista “americana”, impedindo o trabalho das agências da ONU (UNRWA entre outras) e de outras ONGs que faziam essa distribuição.

O objetivo de Israel é utilizar a fome como instrumento de guerra e de limpeza étnica de dois milhões de palestinos, visando sua expulsão. 

Sob pressão da nova onda de mobilizações em solidariedade com a Palestina, particularmente na Europa, Estados Unidos e nos países de maioria muçulmana, até mesmo os governos imperialistas europeus aliados de Israel expressaram desconforto com o genocídio sem fim em curso em Gaza.

No Brasil, a campanha de BDS lançou um importante manifesto com adesão de artistas, personalidades, movimentos sociais, parlamentares e partidos políticos.

O PSTU firmou o manifesto pois o povo palestino precisa de um posicionamento forte do Brasil contra o genocídio. O presidente Lula, no entanto, até hoje não rompeu relações comerciais ou diplomáticas o que torna o Brasil cúmplice do genocídio, segundo o próprio direito internacional. 

Além disso, o presidente Lula errou quando condenou as ações da resistência palestina e iemenita, e quando seu governo impediu o ingresso no Brasil de uma família palestina sob alegação de ligações com o Hamas. Por isso, discordamos de uma citação no manifesto quanto à Lula que afirma que “Seus pronunciamentos têm sido firmes e coerentes em solidariedade ao povo palestino, ao denunciar o genocídio e apresentar propostas para o cessar fogo na Faixa de Gaza.”  Para ser coerente, tem que romper com o Estado genocida de Israel.

Integramos a campanha de BDS desde a primeira iniciativa contrária ao acordo de livre comércio Mercosul-Israel firmado pelo presidente Lula em 2007.Depois, impulsionamos o lançamento oficial da campanha de BDS no Brasil na Faculdade de Direito da USP em 2011, e participamos das campanhas em unidade de ação com outras organizações e ativistas. A campanha de BDS cumpre um papel muito importante ao colocar a necessidade dos países, das organizações e da população isolarem o Estado sionista.

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Last Update: 29/05/2025