O setor de importados no e-commerce brasileiro registrou um crescimento expressivo de 68% no número de acessos em 2024. De acordo com o Relatório Setores do E-commerce no Brasil, realizado pela Conversion, o segmento atingiu 331 milhões de visitas mensais em janeiro de 2025.

A plataforma chinesa Temu foi a grande responsável por essa expansão, representando 92% do crescimento do setor. Desde sua chegada ao Brasil em maio de 2024, a Temu viu seu tráfego aumentar 11.000% em um ano. Em janeiro de 2025, a plataforma registrou impressionantes 142,9 milhões de visitas, contra 1,2 milhão no mesmo período do ano anterior.

E-commerces asiáticos dominam ranking brasileiro

A presença de plataformas asiáticas no mercado brasileiro está cada vez mais forte. Atualmente, cinco dos dez maiores e-commerces do país são de origem asiática: Shopee (2º), Temu (4º), Samsung (6º), Shein (8º) e AliExpress (10º).

Juntas, essas empresas somaram 639 milhões de acessos em janeiro de 2025, representando 40% do tráfego total do top 10 do setor. Dentre elas, a Temu se destacou com um crescimento mensal de 38,5%, adicionando 39,5 milhões de visitas em relação a dezembro de 2024.

Esse desempenho reforça a influência crescente das plataformas asiáticas no mercado nacional.

Relatório Setores do E-commerce no Brasil/2025

Educação lidera crescimento sazonal em janeiro

O setor de Educação, Livros & Papelaria teve o maior crescimento mensal, com alta de 30,3% em janeiro. Esse avanço foi impulsionado pela volta às aulas, período tradicionalmente forte para o segmento.

O Gran Cursos Online assumiu a liderança do setor, enquanto a Descomplica registrou o maior crescimento percentual, com avanço de 86,8% em relação ao mês anterior.

Por outro lado, os setores de Presentes & Flores e Pet também apresentaram desempenho positivo, alcançando os melhores números dos últimos 13 meses. A Gocase foi uma das responsáveis pelo crescimento em Presentes & Flores, com aumento de 49% no tráfego.

Turismo e Calçados também se destacam

O setor de Turismo teve cinco meses consecutivos de crescimento, com aumento de 4,2% em dezembro. A Airbnb foi um dos destaques, com crescimento de 7,7% no mês e 36,7% no ano.

Além disso, empresas como Click Bus, Quero Passagem e Localiza também contribuíram para o bom desempenho do setor.

Já o setor de Calçados teve o melhor mês de 2024 em dezembro, com crescimento de 5,7%. A Havaianas liderou o crescimento, com aumento de 59,6% nos acessos, ultrapassando a Arezzo pela primeira vez desde 2020.

Quedas em setores como Joias e Cosméticos

Nem todos os setores tiveram desempenho positivo. O segmento de Joias e Relógios registrou queda de 26,2% em janeiro, enquanto Cosméticos recuou 22,2%.

O setor Infantil também apresentou retração de 18,8%, mesmo com o crescimento de algumas marcas, como a Somos Corujas, que subiu 55,1% no mês.

Essas quedas refletem a sazonalidade e a concorrência acirrada em determinados segmentos do e-commerce.

Dispositivos móveis dominam acessos

A tendência de acesso via celular se consolidou em 2024, com 77% dos acessos ao e-commerce sendo feitos por dispositivos móveis. Em janeiro de 2025, 54,8% dos acessos foram via mobile, 23,3% via desktop e 21,9% via aplicativos.

Setores como Infantil (84%) e Presentes & Flores (78,5%) lideram em acessos mobile, reforçando a importância de investimentos em experiência mobile para os e-commerces.

Mercado Livre lidera, mas asiáticos avançam

No ranking geral do e-commerce brasileiro, o Mercado Livre mantém a liderança com 12,4% de market share, seguido pela Shopee (8,6%) e Amazon Brasil (7%).

No entanto, a presença de e-commerces asiáticos no top 10 mostra a crescente influência dessas plataformas no mercado nacional. A Temu, por exemplo, subiu para a 4ª posição, ultrapassando gigantes como a Samsung.

Esse movimento indica uma mudança no cenário competitivo, com os asiáticos ganhando cada vez mais espaço.

Relatório Setores do E-commerce no Brasil/2025

Busca orgânica é fundamental para o tráfego

A busca orgânica se consolidou como a segunda maior fonte de tráfego para e-commerces, representando 27,8% dos acessos, logo atrás do tráfego direto (50,8%). A busca paga também tem relevância, com 15,4% de participação.

Esses dados reforçam a importância de estratégias de SEO e experiência do usuário para atrair e reter consumidores. Além disso, a busca orgânica revela a intenção do consumidor, sendo um canal essencial para direcionar a demanda para as lojas virtuais.

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Last Update: 26/02/2025