O explosivo teria sido implantado há dois meses e detonado ontem pela manhã. O guarda-costas de Ahmed Ali também morreu no ataque. A morte do ex-líder gerou acusações entre diferentes países do Oriente Médio. Irã e Hamas, entre outros, culparam Israel pelo ataque, embora o governo israelense não tenha se pronunciado sobre o incidente.
Inicialmente, a imprensa estatal iraniana reportou que a morte de Ahmed Ali ocorreu devido a um ataque aéreo. No entanto, fontes ouvidas pelo “The New York Times” afirmam que as autoridades do país já sabiam que a causa real foi a explosão de uma bomba, mas optaram por não divulgar a informação para não mostrar fragilidade na segurança do país.
O comandante do Hamas estava no Irã para a posse do presidente Masoud Pezeshkian, evento que também contou com a presença de autoridades mundiais, incluindo o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin. O Irã é um dos principais apoiadores do Hamas, fornecendo financiamento e armas ao grupo.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. Israel, que havia prometido matar Ahmed Ali e outros líderes do Hamas após um ataque do grupo em 7 de outubro, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de cerca de 250 reféns, não comentou o caso. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mencionou apenas que seu país deu “golpes esmagadores” em aliados do Irã.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusou Israel pelo ataque e prometeu vingança. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, criticou a ação, afirmando que o Irã “defenderá sua integridade territorial” e que “Israel se arrependerá pelo assassinato covarde”.