O economista Marcos Cintra, secretário da Receita Federal no governo Bolsonaro. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Secretário da Receita Federal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o economista Marcos Cintra elogiou as novas medidas do órgão para monitorar transferência via Pix e afirmou que elas vão reduzir a sonegação de impostos no Brasil.

“Se existe uma pessoa que tem abordagem ‘anti-receita’, que pede mudanças no sistema, redução da carga tributária absurda, este alguém sou eu. Agora, a Receita precisa combater a sonegação, e essas regras vão contribuir neste sentido”, afirmou o ex-chefe da Receita à CNN Brasil.

O tema tem sido criticado e alvo de fake news de que o governo Lula passaria a cobrar impostos das transações. A Receita já desmentiu a notícia falsa e esclareceu que a instituição passou a informar ao Fisco transferências acima de R$ 5 mil mensais a pessoas físicas e R$ 15 mil a pessoas jurídicas.

Prédio da Receita Federal. Foto: José Cruz/Agência Brasil

As novas regras passaram a valer no início deste ano. Antes, apenas bancos tradicionais, públicos e privados, forneciam as informações. Agora, operadoras de cartões, aplicativos de pagamento e instituições digitais têm repassado as informações à Receita.

“Eu parabenizo a Receita por fazer isso, apesar de ser contra o sistema como ele é hoje”, prosseguiu Cintra. Ele afirma que a instituição já tinha acesso à maior parte dos dados e que o modelo anterior monitorava movimentações financeiras acima de R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para empresas.

“Isso vem sendo feito desde os anos 2000. Não está mudando muita coisa, não. Estão criando um instrumento para facilitar a fiscalização”, completou.

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Last Update: 13/01/2025