Tuta é o sucessor de Marcola no comando do PCC. Foto: reprodução

O narcotraficante Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta e considerado o “ex-número 2” e o sucessor do Marcola no Primeiro Comando da Capital (PCC), foi expulso da Bolívia e entregue à Polícia Federal brasileira neste domingo (16), na cidade de Corumbá (MS), fronteira entre os dois países. Ele foi transferido para o presídio federal de segurança máxima em Brasília, onde já cumpre pena Marcos Camacho, o Marcola, fundador da facção.

A operação envolveu 50 agentes da Polícia Federal, incluindo 12 do Comando de Operações Táticas (COT), além de 18 policiais penais federais na escolta terrestre até a penitenciária, com apoio das polícias Militar e Civil do Distrito Federal. A transferência aérea foi feita em uma aeronave da PF.

Tuta foi capturado na sexta-feira (14), em Santa Cruz de la Sierra, durante uma ação conjunta da Polícia Federal com a Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen (FELCC), da Bolívia. Ele usava documentos falsos em nome de “Maicon da Silva” e compareceu espontaneamente a uma unidade policial boliviana para tratar de questões migratórias. Um agente suspeitou da identidade e acionou a PF em Santa Cruz, que confirmou a verdadeira identidade após análise biométrica, com apoio da Interpol.

Desde 2020, Tuta era procurado internacionalmente e constava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol. No Brasil, foi condenado a 12 anos de prisão por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, Tuta chegou a liderar as ações externas do PCC após o isolamento de Marcola, em 2019. Ele teria coordenado o fluxo de caixa da facção, levantado informações sobre autoridades e policiais como possíveis alvos de atentados e planejado, sem sucesso, o resgate de Marcola no fim de 2019. A Operação Sharks, deflagrada em 2020 e ampliada em 2023, investigou operadores financeiros ligados a ele, usados como “laranjas” em esquemas de lavagem de dinheiro via compra de imóveis e empresas.

Conhecido também pelos apelidos Angola, Africano, Marquinhos, Tá Bem, Boy e Gringo, Tuta tem um longo histórico criminal. Em 2006, foi preso em Guarulhos (SP) e chegou a oferecer R$ 50 mil para subornar os policiais. Condenado a 23 anos por crimes como latrocínio, roubo, cárcere privado e corrupção ativa, foi liberado em 2014 após progressão de pena para o regime aberto.

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Last Update: 18/05/2025